Caracterizada como um período em que os católicos costumam evitar o consumo de carne bovina, suína e de ave, a Quaresma reflete diretamente nos preços dos produtos agropecuários, tendo em vista que o Brasil é um País majoritariamente cristão. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA, São Paulo/SP) divulgou o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que encerrou o mês de fevereiro de 2016 com alta de 1,45%, na comparação com o mês anterior.
Dentre os produtos que apresentaram as maiores elevações destaca-se o ovo, com alta de 19,26%, e o milho, que sofreu aumento de 6,83%. No caso dos ovos, a demanda costuma aumentar neste período, surgindo como alternativa às carnes. Nos últimos 12 meses o IqPR identificou alta expressiva 36,28% no preço dos ovos.
Já dentre os produtos que apresentaram quedas de preços, como esperado, está a carne suína (14,65%) e a carne de frango (4,7%). Além do período, as baixas também se justificam pela perda do poder aquisitivo da população. Mesmo com as exportações tendo atingido volumes mais elevados que em 2015 para o primeiro bimestre, o aumento da produção acima dessas demandas desajustou o equilíbrio entre a oferta e a procura, causando descenso nos preços recebidos pelos granjeiros de suínos e aves para corte.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IqPR registrou baixa apenas na carne suína (-6,14%). Com altas significativas estão o milho (59,51%), soja (29,59%) e carne de frango (14,20%). Abaixo do patamar desse indicador, que indica os reajustes dos custos de produção, estão as variações de leite cru resfriado (9,97%) e carne bovina (7,11%).
Veículo: Site Feed & Food