A Fundação Getulio Vargas (FGV), com o apoio do Banco Central (BC), criou um indicador que vai servir de termômetro de atividade para o setor de serviços brasileiro, considerado muito amplo e que responde por dois terços de todo o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).
O Índice de Confiança do Setor de Serviços (ICS) vai medir a confiança das empresas que atuam no ramo por meio de levantamentos mensais qualitativos, que buscarão mostrar detalhes sobre a situação dos negócios, bem como a demanda, tanto no momento quanto no futuro.
O ICS será medido em pontos, que variam de zero a 200. Quanto mais próximo do piso, mas pessimista estará o setor e, ao contrário, quanto maior for o indicador, mais otimistas estarão os empresários. A primeira divulgação está marcada para ocorrer na próxima quarta-feira. "A nossa meta mais ampla é gerar um sistema de sondagem setorial", resumiu o consultor da FGV para esta área, Sílvio Sales.
Ao todo, serão ouvidas mensalmente 2.041 empresas do setor de serviços, que empregam quase 740 mil pessoas no país todo. São firmas de pequeno, médio e grande portes que englobam diversos segmentos, como serviços prestados às empresas (limpeza em prédios e domicílios, por exemplo), serviços de informação e atividades imobiliárias. Somados, os segmentos que serão avaliados pela FGV correspondem a 46% do setor de serviços em geral.
Ficarão de fora do levantamento os segmentos de comércio (que já possui uma sondagem própria), de administração pública, de saúde, de educação e de intermediação financeira. Sales argumentou que a maior carência de informações recai, hoje, justamente no setor de serviços que exclua comércio e, mais adiante, a ideia é criar sondagens para a área financeira também, além das demais que ficaram de fora. O levantamento de dados do ICS começou há dois anos e, por isso, sua série histórica começará em julho de 2008. (AG)
Veículo: Diário do Comércio - MG