Novo índice vai monitorar atividade do setor de serviços

Leia em 1min 40s

A Fundação Getulio Vargas (FGV), com o apoio do Banco Central (BC), criou um indicador que vai servir de termômetro de atividade para o setor de serviços brasileiro, considerado muito amplo e que responde por dois terços de todo o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).

 

O Índice de Confiança do Setor de Serviços (ICS) vai medir a confiança das empresas que atuam no ramo por meio de levantamentos mensais qualitativos, que buscarão mostrar detalhes sobre a situação dos negócios, bem como a demanda, tanto no momento quanto no futuro.

 

O ICS será medido em pontos, que variam de zero a 200. Quanto mais próximo do piso, mas pessimista estará o setor e, ao contrário, quanto maior for o indicador, mais otimistas estarão os empresários. A primeira divulgação está marcada para ocorrer na próxima quarta-feira. "A nossa meta mais ampla é gerar um sistema de sondagem setorial", resumiu o consultor da FGV para esta área, Sílvio Sales.

 

Ao todo, serão ouvidas mensalmente 2.041 empresas do setor de serviços, que empregam quase 740 mil pessoas no país todo. São firmas de pequeno, médio e grande portes que englobam diversos segmentos, como serviços prestados às empresas (limpeza em prédios e domicílios, por exemplo), serviços de informação e atividades imobiliárias. Somados, os segmentos que serão avaliados pela FGV correspondem a 46% do setor de serviços em geral.

 

Ficarão de fora do levantamento os segmentos de comércio (que já possui uma sondagem própria), de administração pública, de saúde, de educação e de intermediação financeira. Sales argumentou que a maior carência de informações recai, hoje, justamente no setor de serviços que exclua comércio e, mais adiante, a ideia é criar sondagens para a área financeira também, além das demais que ficaram de fora. O levantamento de dados do ICS começou há dois anos e, por isso, sua série histórica começará em julho de 2008. (AG)

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Brasil perde espaço em venda para China

Aumento das exportações brasileiras não acompanha ritmo da média das compras do seu principa...

Veja mais
Juros altos não devem impedir o consumo

A elevação da taxa básica de juros do país, fixada em 10,25% ao ano, deverá em um pri...

Veja mais
Inadimplência no varejo tem queda de 2% no ano

A inadimplência no comércio varejista no Brasil cresceu 2,91% em maio, em relação ao mesmo m&...

Veja mais
Copom contraria a lógica e mais uma vez aumenta a taxa básica de juros

“Mesmo contrariando opiniões, mantemos hasteada a nossa bandeira em defesa de juros mais baixos, alé...

Veja mais
Serviços mantêm inflação sobre pressão

Desaceleração de preços de alimentos ajuda, mas alguns bens duráveis apresentam alta  ...

Veja mais
Bernardo prevê que corte no orçamento vai segurar preços

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem, em evento em São Paulo, que o governo fará o poss...

Veja mais
Alimentos contribuem e índice oficial de inflação cai para 0,43%

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) reduziu o ritmo de alta e...

Veja mais
Juro a 10,25% tira o fôlego da indústria

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ampliou, por unanimidade e pela segunda vez ...

Veja mais
Copom aumenta Taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 10,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária do Banco Central, Copom, decidiu, por unanimidade, elevar em 0,75 pon...

Veja mais