Apartir dos próximos dias, o calendário contábil traz à tona uma nova variável que poderá interferir no humor dos investidores do mercado acionário do Brasil. Positiva ou negativamente.
Vai ser aberta na semana que vem a temporada de divulgação do balanço do terceiro trimestre das companhias verde-amarelas.
Mais do que faturamento e lucro, a curiosidade do Sr. Mercado deve estar focada nas seqüelas da virada do câmbio sobre as posições em dólar detidas pelas empresas, exportadoras ou não.
Embora alguns grupos (como Sadia e Aracruz) já tenham divulgado o valor de suas perdas e outros jurem de pés juntos que estão livres do problema, os balanços podem dar um cheiro de quem ficou em maus lençóis com a alta do dólar. Ou limpar a barra de quem não ficou.
Mas apenas um cheiro, já que os demonstrativos do trimestre contam até 30 de setembro. E o overshooting da verdinha pegou mesmo pra valer em outubro.
Ou seja, os esqueletos das empresas que aproveitaram a turbinagem do real para especular com câmbio devem aparecer mesmo no balanço do quarto trimestre.
Veículo: Zero Hora - RS