Inadimplência do consumidor no Brasil sobe 3,5% em março

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A inadimplência do consumidor no País cresceu 3,5% em março ante fevereiro e avançou 14,4% na comparação com março do ano passado. Os dados fazem parte de pesquisa divulgada na sexta-feira pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. No primeiro trimestre de 2011, a inadimplência aumentou 21,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O avanço é ligeiramente superior ao do quarto trimestre de 2010, que havia mostrado alta de 20,3% no comparativo anual.

 

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o avanço do indicador em março ante fevereiro é a primeira alta mensal registrada em 2011. Na avaliação da entidade, a alta é fruto de fatores sazonais, como o pagamento da última parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e as despesas com material escolar, férias e carnaval.

 

A Serasa Experian diz ainda que a ampliação do endividamento do consumidor ao longo dos últimos dois anos e o crescimento da inflação neste início de 2011 dificultam o pagamento de compromissos assumidos e aumentam a inadimplência.

 

A entidade lembra, porém, que o salto de 21,4% no 1º trimestre de 2011 é comparado com uma "base deprimida". No primeiro trimestre de 2010, a inadimplência do consumidor havia recuado 6,7% ante o mesmo período de 2009, devido à rápida saída do País da crise internacional.

 

Dívidas

 

Entre os componentes do indicador de inadimplência, os cheques sem fundos foram os que tiveram o maior crescimento em março ante fevereiro, com alta de 24,6%. Em seguida aparecem os títulos protestados (7,8%) e as dívidas bancárias (3,4%). Apenas as dívidas consideradas não bancárias (contas com lojas, cartões de crédito, energia elétrica, água e telefonia, entre outros) mostraram um recuo, de 2,8%.

 

O valor médio das dívidas bancárias no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período do ano passado caiu 7,3%, de R$ 1.386,83 para R$ 1.285,45. No mesmo período, as dívidas não bancárias recuaram 16,5%. Por outro lado, foram verificadas altas entre os títulos protestados (5,8%) e os cheques sem fundos (6,1%). Os dados são consolidados assim que a empresa que não recebeu faz o registro junto ao Serasa.

 

Veículo: DCI


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