O avanço dos preços do grupo Alimentação foi o principal responsável pela aceleração da taxa do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) no início de abril, na comparação com março. A constatação é do coordenador do indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, que destacou que o grupo não é o único a pressionar a inflação, caracterizada pela alta de preços em vários itens e grupos.
A FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de inflação de 0,89%, resultado 0,18 ponto percentual maior do no final de março, de 0,71%. Segundo Picchetti, o segmento de Hortaliças e Legumes foi o grande vilão da inflação, já que mostrou alta de 8,86% contra variação anterior de 7,03%.
"Batata e cebola responderam por 0,02 ponto percentual da aceleração do IPC-S", comentou o coordenador, referindo-se aos itens com altas de 21,70% e de 33,31%, respectivamente.
Outros segmentos relacionados à Alimentação que ajudaram na aceleração do IPC-S foram os de Carnes Bovinas e de Frutas. Quanto às Frutas, o segmento saiu de uma variação negativa de 0,01% e subiu 0,56%, gerando uma contribuição de 0,01 ponto no movimento do indicador geral de inflação.
Fora da Alimentação, Picchetti destacou a gasolina e o etanol, com avanço maior do que o do final de março. O etanol teve aumento de 12,53% ante alta de 9,32%. Na mesma comparação, o valor médio da gasolina apresentou alta de 2,66% ante variação positiva de 1,58%.
No caso dos industrializados, que subiram 0,42% na primeira quadrissemana de abril ante alta de 0,31% do final de março, o avanço foi mais intenso que o de 0,20% da primeira quadrissemana de abril de 2010. Quanto aos Serviços, a diferença é ainda maior, já que o grupo apresentou alta de 1,45% na primeira leitura de abril ante variações de 1,42% do final de março do mesmo ano e de 0,80% da primeira quadrissemana de abril do ano passado.
"Sem dúvida, é a parte de alimentos que está pressionando, mas, se tirássemos a Alimentação da taxa de 0,89% do IPC-S da primeira quadrissemana de abril, daria um resultado de inflação de 0,45%", afirmou Picchetti.
Veículo: DCI