O comércio varejista praticado no Estado de São Paulo sofreu alta inflacionária de 1% em abril. A inflação acumulada chegou a 1,8% no primeiro quadrimestre de 2011 e a 5,2% nos últimos doze meses, de acordo com o Índice de Preços no Varejo (IPV), divulgado ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio).
Dos 21 segmentos avaliados pelo IPV, sete tiveram queda em suas variações mensais, contribuindo para que o índice não se elevasse ainda mais. O resultado de abril é o maior desde outubro de 2010, quando o aumento dos preços foi de 1,1%.
Os combustíveis e lubrificantes, como já se esperava, foram responsáveis por 58% da alta registrada em abril - em março, o segmento havia sido responsável por aproximadamente 70% da inflação.
Em 2011, a moagem da cana de açúcar foi mais uma vez prejudicada pelo excesso de chuvas, não permitindo um equilíbrio adequado entre oferta e demanda por etanol. Segundo o IPV, o setor registrou alta de 6,8% em abril e acumulou aumento de 10,7% no ano.
Tanto o álcool (10,3%) como a gasolina (6,6%) foram fortemente impactados pelas condições climáticas pouco favoráveis. A alteração da composição da gasolina - que passou a ter uma margem menor de álcool em sua composição - deve contribuir para o processo de realinhamento de preços.
Com a incidência de geadas, baixas temperaturas, chuvas em algumas regiões produtoras e a proximidade da entressafra do boi, os preços dos alimentos voltaram a pressionar o setor dos supermercados, que fechou abril com alta de 0,7%, ante os 0,1% de março.
As variações mais significativas foram percebidas em alimentos como: tubérculos (17%), ovos (6,4%), laticínios (4%), derivados de carne (1,9%) e bebidas não-alcóolicas (1,8%).
A atividade de drogarias e perfumarias registrou preços 2,9% superiores no comparativo com março. Como o reajuste da categoria estava previsto para 31 de março, o comportamento era esperado. O IPV das drogarias subiu 3,4%, enquanto o das perfumarias finalizou abril com variação positiva de 0,6%.
O segmento de vestuário, tecidos e calçados apontou alta de 0,7% em abril. Com a chegada do inverno é natural que os preços sejam pressionados, segundo a Fecomércio. Encareceram: tecidos (1,4%), roupas masculinas (0,9%), roupas femininas (0,5%) e artigos de cama, mesa e banho (0,6%).
Veículo: DCI