Taxa média para pessoa física passou para 6,84% e para jurídica alcançou 4,05%.
As taxas de juros das operações de crédito para pessoas físicas e empresas apresentaram alta em julho em comparação com o mês anterior. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a elevação é reflexo das medidas adotadas pelo Banco Central (BC) para combater a inflação, como a elevação da Selic (taxa básica de juros da economia brasileira).
De acordo com o levantamento, a taxa média de juros para pessoa física passou de 6,80% ao mês em junho para 6,84% ao mês em julho (alta de 0,04 ponto percentual). Com isso, atingiu o maior patamar desde maio. A alta foi verificada em cinco das seis linhas de crédito para pessoas físicas avaliadas pela Anefac. A taxa média do cartão de crédito permaneceu estável em 10,69% ao mês, mas continua sendo a mais cara para os consumidores.
A maior variação ocorreu na taxa de juros do cheque especial, que passou de 8,10% ao mês em junho para 8,27% ao mês em julho (alta de 0,17 ponto percentual). A taxa de juros do empréstimo pessoal por meio de financeiras avançou de 9,30% ao mês para 9,34% ao mês (alta de 0,04 ponto percentual), enquanto a taxa para empréstimo pessoal em bancos passou de 4,63% ao mês para 4,67% ao mês (alta de 0,04 ponto percentual).
Ainda entre as linhas de crédito para o consumidor, a taxa de juros praticada no comércio avançou de 5,66% ao mês para 5,70% ao mês (alta de 0,04 ponto percentual), e a taxa para financiamento de automóveis cresceu de 2,34% ao mês para 2,37% ao mês (alta de 0,03 ponto percentual).
De acordo com a pesquisa, a taxa média de juros para pessoas jurídicas também subiu. Passou de 3,96% ao mês em junho para 4,05% ao mês em julho (alta de 0,09 ponto percentual), atingindo o maior nível desde outubro de 2009.
A alta foi verificada nas três linhas de crédito para empresas acompanhadas pela Anefac. A taxa para linhas de capital de giro avançou de 3,04% ao mês em junho para 3,07% ao mês em julho (alta de 0,03 ponto percentual). No mesmo período, a taxa para desconto de duplicata subiu de 3,14% ao mês para 3,18% ao mês (alta de 0,04 ponto percentual), enquanto a taxa para conta garantida cresceu de 5,70% ao mês para 5,90% ao mês (alta de 0,20 ponto percentual).
A pesquisa lembra ainda que a taxa Selic avançou 1,75 ponto percentual entre dezembro de 2010 e julho de 2011, chegando a 12,50% ao ano. No mesmo período a taxa média de juros para pessoas físicas avançou 1,24 ponto percentual, para 121,21% ao ano, enquanto a taxa média para empresas teve alta de 4,58 pontos percentuais, para 61,03% ao ano. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG