Pesquisa aponta a piora para o cenário econômico brasileiro

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A restrição de capital foi um dos problemas apontados por analistas da América Latina que podem conduzir o Brasil a um cenário de recessão. É o que mostra a Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (Instituto IFO) e a Fundação Getulio Vargas (FGV). A pesquisa trimestral, divulgada ontem, mostra que o Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil caiu de 6,2 pontos para 5,8 pontos, do segundo para o terceiro trimestre deste ano - sendo que resultados abaixo de 5 pontos são sinalizações de um cenário ruim.

 

Na análise, o mundo permanece em fase recessiva e com piora nos indicadores. A avaliação das instituições é de que a América Latina entra em fase recessiva e o Brasil experimenta uma fase declinante do ciclo econômico. "No entanto, a piora nos índices de expectativas para o Brasil sugere que é preciso que as medidas recentes de aumento do crédito comecem a fazer efeito para enfrentar um dos problemas privilegiados pelos especialistas - a restrição de capital - e, assim evitar a fase recessiva", informaram as entidades, em comunicado.

 

Entre outros problemas para a economia da América Latina em geral, citados por 131 especialistas de 15 países, foram lembrados, principalmente, obstáculos como inflação; insuficiência de demanda; e falta de confiança nas políticas do governo. Na sondagem, a inflação aparece em primeiro lugar como o problema mais lembrado por especialistas.

 

PIB

 

A mesma pesquisa projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode crescer, em média, entre 3,5% e 3,9% ao ano, no médio prazo. Segundo o estudo, o Brasil está entre os principais países emergentes com possibilidade de a economia avançar acima da média dos últimos três anos. Embora a previsão de crescimento médio para China (7,6% ao ano), Índia (7,1% ao ano) e Rússia (5,1% ao ano) sejam altas, são inferiores aos anos anteriores, assim como as previsões de crescimento para União Européia (1,5%) e Estados Unidos (1,5%). "Se não houver restrição de crédito, é de esperar que a economia brasileira tenha um crescimento, não espetacular como o da Índia e o da China, mas razoável, de 3,9%", avaliou a economista da FGV Lia Valls.

 

Veículo: DCI


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