O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgado na última sexta-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), voltou a crescer em julho, após dois meses de queda, e chegou a 142,3 pontos, ante 138,9 em junho, o que significa uma alta de 2,5%. Na comparação com julho de 2011, a variação também foi de 2,5%. O indicador oscila em uma escala de 0 a 200 pontos e demonstra otimismo quando acima dos 100.
A Perspectiva de Consumo subiu 5,6% e o Nível de Consumo Atual apresentou alta de 4,2% sobre junho, atingindo, respectivamente, 142,6 e 111,4 pontos. "O resultado desses itens mostra que as famílias paulistanas estão mais propensas a consumir agora do que no mesmo período de 2011", afirmou a entidade, em nota. O subíndice Acesso a Crédito também registrou expansão expressiva, de 4,8%, e atingiu 162 pontos, o maior nível entre os itens avaliados pelo ICF, que ouviu 2.200 consumidores no Município de São Paulo.
Os dois itens relacionados ao mercado de trabalho, Emprego Atual e Perspectivas Profissionais, subiram 1% e 4,1%, respectivamente, para 142,5 e 145 pontos. Apenas dois subíndices, dos sete que compõem o ICF, apresentaram recuo em julho sobre o mês anterior: Renda Atual, com variação negativa de 0,2%, para 147,9 pontos, e Momento para Duráveis, que caiu 1,7%, para 145 pontos.
De acordo com a Fecomércio-SP, a redução de preços, dos juros e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre alguns produtos do varejo favoreceu a contratação de crédito, uma vez que as famílias têm mais segurança em poder quitar o financiamento. "Entretanto, o aumento registrado em julho não significa uma mudança de tendência", apontou o documento. "Em um cenário turbulento como o atual, é natural que as famílias flutuem [sic]a sua satisfação de acordo com as notícias da atividade econômica."
Presentes
Para o Dia dos Pais, no próximo dia 12, a expectativa do comércio brasileiro é de crescimento de 3,5% ante a mesma data de 2011, informou a Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL). Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), também divulgada nesta sexta-feira mostra que 41% dos consumidores não vão comprar presente para comemorar a data. Desses entrevistados, 18% alegaram falta de dinheiro e 61% disseram que não vão presentear por motivos pessoais (pai falecido, doente, distante, entre outras razões).
As mulheres demonstram maior intenção de presentear no Dia dos Pais, com 63% de intenção, ante 50% entre os consumidores masculinos. A maior parte dos entrevistados deixará a compra para a última hora: 77% vão escolher o presente na semana que antecede a data. Roupas e calçados são os itens mais cotados, com 56% das intenções de compra.
Veículo: DCI