Ginástica para manter os preços

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Há pelo menos um ano a alta nos preços dos alimentos comprovada pelos indicadores de inflação já vem sendo sentida pela população e por quem gerencia restaurantes.

Elson Furini, sócio-gerente da churrascaria Barranco, na Capital, explica que está pagando muito mais para encomendar os principais produtos que serve.

A carne tem ficado mais cara mês a mês, com uma ou outra interrupção, a farinha de trigo dobrou de preço e o tomate e o brócolis usados na salada dispararam 100% ao longo de um ano.

– Não posso repassar essa alta ao cliente. Estamos cortando outros gastos para manter o padrão e o preço dos pratos – explica Furini, que comemora o fato de ter conseguido limitar o reajuste no cardápio a 6% no ano passado.

Consumidor diz estar surpreso com preços

Nessas horas, a mão do administrador é crucial. O empresário trocou todos os motores dos freezers por modelos mais novos e econômicos e fechou acordo com empresas para anunciarem suas marcas nos uniformes dos garçons – em troca, bancam os custos da lavanderia das roupas.

Renegociar com fornecedores dos alimentos é difícil, explica, em razão da dificuldade em encontrar alternativas com o mesmo padrão.

– Nunca vi uma subida de preços como essa, exceto nos tempos de alta inflação – admite Furini, que administra o restaurante no bairro Petrópolis há 41 anos.

A opinião é compartilhada pelos clientes. O médico gaúcho Marcelo Oliveira dos Santos, que mora em Curitiba (PR) e veio a Porto Alegre assistir ao jogo entre Grêmio e Fluminense, disse ontem, durante almoço no restaurante, estar surpreso com o preço da refeição fora de casa tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul.

– Viajei para Gramado com a família e fiquei chocado com o preço dos restaurantes. Subiram uns 20% desde o ano passado – afirma o médico.



Veículo: Zero Hora - RS


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