Apesar da inflação, Pará é um dos que mais aumentou as volume no varejo
O Pará teve o sexto maior índice de volume de vendas no varejo do país. O Estado registrou aumento percentual de 2,1% no quantitativo de vendas em fevereiro, frente ao mês anterior. A variação foi 5% menor que a de janeiro, e 1% maior do que a de dezembro de 2012. Na variação acumulada no ano, o volume de vendas no Pará subiu 5,1% e nos últimos doze meses 7,4%. O Estado é o terceiro com maior variação na receita nominal (12,1%) no mês, 14,4% no acumulado deste ano e 27,9% nos últimos dze meses. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
Apesar do crescimento apresentado por alguns estados, em todo o Brasil o volume de vendas do varejo teve redução de 0,4% em fevereiro, enquanto a receita nominal do comércio cresceu 0,6%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 0,2% no volume de vendas, o que não impediu o crescimento de 2,9% do primeiro bimestre de 2013 frente ao mesmo período de 2012. Já o resultado acumulado nos últimos doze meses é 7,4% maior que o do período anterior. A comparação entre fevereiro de 2013 e o mesmo mês de 2012 traz um aumento ainda maior da receita nominal, de 7,6%. O primeiro bimestre do ano acumula 10,1% de crescimento, e os últimos doze meses, alta de 11,8%.
REGIÃO
Na região Norte o maior crescimento nas vendas foi registrado em Rondônia (7,2%), com uma receita nominal 11,9% superior à de janeiro. O Acre vem logo em seguida, em terceiro lugar no ranking nacional, com variação de 4,7% no volume de vendas e 11% na receita nominal. O primeiro da lista é o Mato Grosso do Sul, com o volume de vendas variando em 10,3% em fevereiro, no volume de vendas, e 17,2% na receita nominal. No volume de vendas ampliado o Pará também se mantém entre os 10 primeiros, com variação positiva mais expressiva, 3,7%, acompanhado de 8,8% de aumento na receita nominal ampliada.
SETORES
O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (- 2,1%) foi o que mais caiu frente ao volume de vendas de fevereiro de 2012, seguido por móveis e eletrodomésticos (-1%), combustíveis e lubrificantes (-1%) e tecidos, vestuário e calçados (-1%). Apresentaram variações positivas: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,3%); livros, jornais, revistas e papelaria (6,9%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,3%).
A explicação dada pelo IBGE para a primeira queda nesse tipo de comparação, em todo o país, desde novembro de 2004, no setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi a forte base de comparação, já que em fevereiro de 2012 houve alta de 13,3%, por conta do aumento do salário mínimo em 14,13%. Outro motivo é a alta dos preços, considerada muito acima da média. Mesmo assim, o setor acumula alta de 0,6% no ano.
Já no setor de móveis e eletrodomésticos, a queda pode ser atribuída à reposição gradual do IPI para a linha branca. Foi a primeira vez, desde junho de 2009, que o volume de vendas caiu na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O varejo ampliado, que inclui também os setores veículos, motos, partes e peças e material de construção, além dos oito do varejo, apresentou comportamento semelhante, com queda de 0,7% no volume de vendas e alta de 0,5% na receita nominal ante janeiro. Já na comparação com fevereiro de 2012, houve alta de 1,2% no volume de vendas e de 5,5% da receita nominal.
O setor de veículos, motos, partes e peças teve queda de 1,7% ante janeiro, pela redução dos estoques com IPI reduzido, que causou alta dos preços. Frente ao ano anterior, houve aumento de 3,2%.
Veículo: O Liberal - PA