Os preços do café seguiram caindo nesta semana na Bolsa de Nova York, que baliza as cotações internacionais do arábica. A boa oferta do Brasil em 2013 e as condições climáticas favoráveis para a produção em 2014 são fatores fundamentais baixistas, além da postura defensiva dos grandes compradores pelo mundo.
Além do Brasil, o Vietnã está colhendo uma grande safra do robusta, e chega o período de entrada da safra de arábica lavado de alta qualidade da América Central e da Colômbia. Em suma, a oferta é tranqüila para os consumidores, e os preços acabam refletindo isso.
No mercado físico brasileiro, apenas a alta do dólar e a retração do vendedor limitaram maiores quedas nos preços na semana. Mas, pouco a pouco, o mercado nacional acompanha a tendência global. O arábica em Nova York tem os preços mais baixos em quatro anos e meio, e o robusta em Londres os patamares mais fracos em três anos e meio. Não há como fugir disso.
Na Bolsa de NY, o contrato dezembro acumulou na semana até a última quinta-feira baixa de 3,8%, caindo de 114,65 centavos de dólar por libra-peso para 110,30 cents. Claramente, o mercado testa a linha de US$ 1,10 a libra-peso. Se romper esse "chão", pode vir a testar adiante os US$ 1,00 a libra-peso.
No mercado físico brasileiro de café, no sul de Minas Gerais o arábica bebida boa caiu de R$ 255,00 a saca para R$ 250,00, baixa de 2%. O mercado recuou menos que NY porque o dólar avançou na semana 1,1%, ajudando na formação dos preços em reais. Além disso, os produtores estão segurando a oferta dentro do possível, e isso contribui para limitar o impacto negativo das perdas externas.
Exportações - A receita média diária obtida com as exportações totais brasileiras de café foi de US$ 22,993 milhões na terceira semana de outubro, contando cinco dias úteis. A média diária do mês até aqui no acumulado (1º a 20 de outubro - com 14 dias úteis) é de US$ 20,302 milhões, 30,0% menos que em comparação com a média diária de outubro de 2012, que foi de US$ 29,009 milhões.
Veículo: Diário do Comércio - MG