Chegou ao fim o conflito mais antigo em debate na Organização Mundial do Comércio (OMC), a chamada "guerra da banana". Após mais de 15 anos de divergências, os países da América Latina produtores de banana finalmente aceitaram a proposta da União Europeia (UE) de reduzir a tarifa sobre a importação deste produto de forma gradual até 2017, afirmaram ontem fontes diplomáticas latino-americanas na OMC.
As duas partes chegaram a um acordo para que, de 2010 a 2017, os impostos cobrados sejam reduzidos em 62 euros a tonelada, dos 176 euros cobrados atualmente a 114 euros (US$ 263 a US$ 170), afirmaram as fontes. Em uma primeira etapa de três anos, as tarifas diminuirão de 176 a 136 euros a tonelada. Nos dois anos seguintes, não haverá reduções e, nos últimos três anos, se chegará ao objetivo de 114 euros a tonelada (em 2017).
Deste modo, a América Latina e a UE encerrarão a chamada "guerra da banana", que agita a OMC desde 1993. A divergência opõe a UE e as chamadas Nações Mais Favorecidas (NMF) que produzem banana na América Latina, ou seja, Brasil, Equador, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Peru e Venezuela.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ