Varejo eleva projeção para vendas de Natal

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SÃO PAULO - Supermercados como Cooperativa de Consumo (Coop), rede Savegnago e Comper estão otimistas para o Natal e começam a rever suas projeções para cima. Na Coop, o cálculo de Emerson Poppi, gerente de compras da rede, é passar de 15% para 18% a perspectiva de aumento nas vendas no período natalino.

 

O otimismo deve-se à procura maior por artigos eletroeletrônicos e de bazar nesta época do ano. No caso de produtos da linha branca e móveis, as vendas serão ainda maiores por causa da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Outra aposta das redes para vender no Natal são os importados, que terão preços atrativos, por causa da baixa do dólar, que beneficiou os supermercados na hora das compras junto aos fornecedores.

 

A Comper, que possui 31 lojas em Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, também está confiante nos resultados deste Natal e prevê crescer além dos 8% projetados para as vendas deste período, com relação ao ano passado, de acordo com Carlos Paes, gerente regional da empresa. As vendas do último mês mostram que dezembro pode ser ainda melhor e chegar a 10%. "Pode crescer, sim, porque as pessoas estão mais dispostas a gastar com as compras de Natal, principalmente com os incentivos que o governo tem dado para melhorar o comércio".

 

O gerente aposta também no começo das promoções de vendas para alavancar ainda mais o impulso de compras no consumidor. "Negociamos com os fornecedores para termos preços competitivos", afirma.

 

De acordo com o professor Cláudio Felizoni, do Programa de Administração do Varejo (Provar), a conjuntura atual do setor varejista é de franco crescimento. "Por isso não me surpreende ver as redes de supermercados reverem as metas para cima."

 

Investimentos

 

No grupo Savegnago, os investimentos recentes na construção de um novo centro de distribuição (CD), e na reforma e inauguração de lojas devem surtir efeito ainda neste Natal. Segundo o superintendente da empresa, Sebastião Edson Savegnago, a rede pretende aumentar ainda mais o poder de competição, para lucrar neste fim de ano. "Os investimentos são uma forma de melhorar o nosso poder de competição, de mídia e de negociação junto aos fornecedores", afirmou ele.

 

Indicador

 

Um termômetro importante para o varejo é o de outubro. As vendas nos super- e hipermercados subiram 8,02% em comparação com as do mês anterior, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a igual período de 2008, as vendas subiram 7,27%. O valor foi deflacionado pelo Índice de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE). No levantamento Abras Mercado, a cesta de 35 produtos de alto consumo cresceu 0,87% em relação a setembro. Em comparação a outubro de 2008, o crescimento foi de 1,42%, passando a R$ 261,57.

 

Para segurar o ritmo das vendas neste fim de ano, os supermercados estimam contratar 11,5 mil pessoas para trabalhar até janeiro. "Para vender 25% mais você precisa ter mais gente trabalhando", diz Sussumu Honda, presidente da Abras.

 

Veículo: DCI


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