As vendas de produtos para as festas de final de ano devem render R$ 200 milhões aos supermercados gaúchos, o que representa acréscimo de 8,7% sobre o registrado no ano passado. "O Natal e Ano-Novo consistem no melhor período para o setor, e estamos bastante otimistas neste ano", diz o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo.
Estudo promovido pelo Instituto Segmento Pesquisas mostra que, dos 18 produtos tradicionalmente vendidos no final do ano, nove serão comprados majoritariamente nos supermercados, com destaque para peru, vinhos nacionais, refrigerantes, panetones, carnes, espumantes e cerveja. O tíquete médio de cada cliente irá praticamente repetir o resultado do ano passado, estabelecendo-se em R$ 231,00.
Chega a 54,5% a proporção dos gastos que ficará nos caixas dos supermercados, ante 34,3% levantados na pesquisa promovida em 2008. Alguns dos campeões de venda serão o panetone, que tem no Rio Grande do Sul seu principal mercado consumidor e agora conta com a entrada da Nestlé no setor, e o espumante, cujas vendas devem crescer 20% neste ano, com destaque ao produto brasileiro tipo Moscatel.
O consumidor que for aos supermercados encontrará aves menores - com peso até 10% inferior ao ano passado -, o que poderá possibilitar que mais pessoas tenham acesso ao produto em decorrência de preços menores. Chega a 55% a proporção dos supermercados que pretendem fazer algum tipo de promoção para o período. Por outro lado, o preço dos suínos estará 10% mais elevado em 2009, uma vez que retornam hoje os níveis anteriores de ICMS sobre a carne do animal.
As festividades de final de ano devem garantir a abertura de duas mil novas vagas temporárias nos supermercados do Rio Grande do Sul, sendo que 15% delas deverão se tornar efetivas, como tradicionalmente ocorre. Além disso, a temporada de verão causará a abertura de 3,5 mil vagas no Litoral.
O setor espera fechar 2009 com crescimento de faturamento superior a 5,5% em relação ao ano passado. "As perspectivas para 2010 são boas, tendo em vista que 45% dos supermercados pretendem investir em ampliação e melhorias", diz Longo.
Veículo: Jornal do Comércio - RS