As vendas no setor farmacêutico no atacado e varejo deverão alcançar R$ 28 bilhões este ano. Se confirmadas as estimativas, será um crescimento de 22% sobre o ano passado, de acordo com as associações brasileiras do Atacado Farmacêutico (Abafarma) e de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma).
De janeiro a outubro, as vendas das farmácias somaram R$ 10,8 bilhões, ante R$ 8,6 bilhões sobre igual período do ano passado, um crescimento de 26%, de acordo com a Abrafarma. Já no atacado, a comercialização atingiu R$ 13,43 bilhões, houve um recuo de 4%, segundo a Abafarma. As vendas incluem medicamentos, inclusive genérico, e não medicamentos.
Para 2010, o desempenho no varejo e no atacado também deverá ser positivo, com um incremento de 20%, acredita Sérgio Mena Barreto, presidente-executivo da Abrafarma.
Para Luiz Fernando Buainain, presidente da Abafarma, esse mercado acompanhando o aumento de renda e a necessidade de consumo. "A decisão de compra de um medicamento é diferente de outros produtos."
Segundo Mena Barreto, a resolução nº 44 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que restringe as vendas de medicamentos sem prescrição fora do balcão, deverá afetar o desempenho de vendas do setor. Em outubro, a Abrafarma conseguiu suspender na 5ª Vara da Justiça Federal parte da resolução 44 e as Instruções Normativas 9 e 10 da Anvisa, liberando a venda de não medicamentos no varejo farmacêutico de todo o país. Essa decisão, contudo, está restrita a 3 mil estabelecimentos associados à entidade, de um total de 60 mil no país. "Com a ida dos medicamentos para trás do balcão o consumidor terá menos opção", disse. (MS)
Veículo: Valor Econômico