Queijo terá centros de maturação Unidades de produto artesanal de Minas devem iniciar operação até o final do ano.
A produção de queijo minas artesanal ganhará dois novos centros de maturação e qualidade na cidade de Medeiros e Rio Paranaíba, regiões da Serra da Canastra e Cerrado, respectivamente. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a expectativa é de que os centros comecem a funcionar até o final do ano.
Os dois centros, juntos, terão uma capacidade estática para estocar 18 toneladas de queijo por mês. Como o produto poderá ficar no máximo três semanas submetidos ao controle de qualidade, a capacidade de comercialização de cada centro atingirá 12 toneladas de queijos por mês.
Os recursos de R$ 750 mil para a implantação das plantas vieram do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF).
Para dezembro de 2008, está prevista a construção de outros dois centros de qualidade em Araxá, região do Alto Paranaíba e no Serro (Alto Jequitinhonha). Porém, de acordo com o coordenador técnico estadual da Emater-MG, Elmer Ferreira de Almeida, está sendo aguardada a disponibilidade de liberação de verbas para essas regiões. "Já existe uma emenda parlamentar para a região do Serro, onde o IMA poderá liberar recursos", disse.
Decreto - Na semana passada, o governo do Estado publicou um decreto que determina a produção em queijaria núcleo. Essa receberá o leite dos produtores e ficará responsável pelo controle sanitário dos rebanhos. A medida possibilitará inserir os produtores de queijo minas artesanal e ampliar a oferta em redes supermercadistas e padarias.
"Atualmente, os produtores não têm infra-estrutura para fabricar a iguaria. Com isso, a distribuição no mercado é limitada. No Mercado Central de Belo Horizonte, por exemplo, os queijos são vendidos em apenas uma loja", contestou.
De acordo com Elmer Ferreira, o aumento do preço do leite proporcionado pelo período da seca, que acontece de maio a julho, geralmente retrai a produção de queijos em 30%. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtores derivados no Estado de Minas Gerais (Silemg), Celso Costa, confirmou que a estiagem e a entresafra, podem ter influenciado negativamente a produção de laticínios.
Veículo: Diário do Comércio - MG