Indústria de café prevê alta de 5% no consumo brasileiro para este ano

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Após surpreender em 2009, crescendo 4,15% ante 2008, o consumo de café no Brasil deverá aumentar 5% em volume neste ano, para 19,31 milhões de sacas de 60 kg, previu ontem a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O Brasil é o segundo maior consumidor mundial atrás dos EUA.

 

"Com a economia brasileira sendo impulsionada em 2010 e as boas previsões que se fazem para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), do consumo das classes C, D e E, é natural que o consumo do café siga crescendo", afirmou Almir José da Silva Filho, presidente da Abic, em comunicado.

 

No ano passado, o consumo de café no Brasil atingiu 18,39 milhões de sacas, ficando acima das expectativas iniciais da Abic, que previa aumento de 3% por conta de esperados efeitos da crise econômica mundial.

 

"Como pudemos constatar em muitos outros segmentos produtivos e nas famílias brasileiras, essa crise não afetou o consumo de café", acrescentou Silva Filho.

 

O consumo per capita no Brasil, em 2009, atingiu 5,81 quilos de café em grão cru ao ano, com os brasileiros bebendo mais e também diversificando os hábitos de consumo, adicionando ao café filtrado/coado consumido nos lares os cafés espressos, cappuccinos e outras combinações com leite. As vendas do setor no ano passado estão estimadas em R$ 6,8 bilhões. A previsão para 2010 é que as vendas somem R$ 7,1 bilhões. Em dezembro de 2009, o quilo do café custava em média R$ 10,49, uma alta de 2,8% em relação ao preço de janeiro de 2008, um percentual inferior à inflação do período.

 

Com o crescimento em 2009 e com a previsão de aumento de 5% em 2010 no volume comercializado, a Abic afirmou que a meta de 21 milhões de sacas para consumo interno em 2012 pode ser alcançada.

 

O patamar de 21 milhões de sacas, que poderá fazer do Brasil o maior consumidor mundial, superando os EUA, poderá ser atingido desde que a evolução do consumo anual se mantenha em 5% ao ano.

 

Exportações

 

As vendas externas do torrado e moído, que têm pouco importância perto das exportações totais do Brasil do grão verde e do café solúvel, totalizaram US$ 29,6 milhões em 2009, queda ante os US$ 35,6 milhões em 2008. "As razões desta redução, de acordo com análise da Abic, estão ligadas ao menor volume de compras do mercado americano, principal importador do café industrializado brasileiro, na esteira da crise econômica", informou a entidade.

 


Veículo: DCI


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