O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, encerrou a segunda quadrissemana de setembro com nova variação negativa, a quinta consecutiva.
Segundo o IEA, a queda do indicador foi de 4,51%, determinada sobretudo pelo comportamento das cotações no grupo de produtos de origem vegetal, onde o recuo, na média ponderada, foi de 5,66%. Dos 14 itens pesquisados nesse grupo, apenas três (arroz, café e cana) registraram valorizações - e, ainda assim, modestas.
As maiores retrações foram nos mercados de batata (46,7%), tomate para mesa (36,37%), trigo (33,68%) e laranja para indústria (22,87%). Banana nanica e milho também caíram mais de 10% - 13,72% e 10,6%, respectivamente -, enquanto algodão, amendoim, feijão, laranja para mesa e soja tiveram baixas mais restritas.
Dado o peso da cana no agronegócio paulista, o IEA informou que, sem a leve variação positiva do produto (0,19%), o grupo dos vegetais teria recuado 13,62% e o IqPR como um todo teria sofrido uma desvalorização de 7,78%.
No grupo de produtos de origem animal, composto por seis itens, o único que subiu na segunda quadrissemana de setembro foi a carne de frango (1,44%) e, na média ponderada, a desvalorização foi de 1,65%. Colaboraram para isso as baixas de leite B (8,18%), ovos (7,22%), carne suína (6,92%), leite C (3,54%) e carne bovina (0,32%).
No atacado de São Paulo, o índice da RC Consultores que mede o comportamento de uma cesta de 17 produtos agropecuários fechou a período de 12 a 18 de setembro com variação negativa de 0,9%. Conforme o levantamento da consultoria, as maiores quedas foram registradas nos mercados de tomate (27,9%) e batata (15,1%).
Veículo: Valor Econômico