Em terrenos do Carrefour, Gafisa e Rossi terão imóveis

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Varejo: Torres de escritório e residências poderão ser construídas ao redor das lojas do grupo francês


O Carrefour firmou acordos com as construtoras Gafisa e Rossi para construção de torres de escritórios ou de residências ao redor de seus hipermercados no Brasil. "Existe um grande potencial para a otimização dos nossos imóveis", disse ontem o superintendente do Carrefour no Brasil, Jean-Marc Pueyo, que não revelou, contudo, o tamanho do portfólio imobiliário do grupo francês no Brasil.


A varejista possui no país 114 hipermercados, 59 lojas da rede Atacadão, 49 supermercados com a bandeira Carrefour Bairro e 376 supermercados de bairro com a bandeira Dia. Além de gerar possíveis receitas com aluguel, as torres podem atrair um fluxo maior de clientes para as lojas.


Pueyo descartou a abertura do capital da subsidiária brasileira na Bovespa. "Não vejo sentido em fazer um IPO [sigla em inglês para oferta pública inicial de ações] neste momento", disse o executivo, para quem a melhor exploração dos imóveis da companhia pode trazer um maior retorno.


O Carrefour já chegou a avaliar a criação de um braço imobiliário, algo que já foi feito por outras varejistas no Brasil, como a C&A e a Lojas Americanas. O Grupo Pão de Açúcar constituiu no ano passado a GPA Malls & Properties, que agora é responsável pela gestão dos imóveis e terrenos de toda companhia. A carteira imobiliária do grupo é avaliada em cerca de R$ 2 bilhões.


Segundo Pueyo, o Carrefour pretende abrir 70 lojas em 2010 no Brasil e chegar, até 2011, em todos os Estados brasileiros - atualmente o grupo está presente em 19 Estados. Um dos principais vetores de crescimento do Carrefour é o Atacadão, rede de lojas de "atacarejo" (misto de atacado e varejo), adquirida em 2007. Neste ano, serão abertos cerca de 15 lojas da bandeira no Brasil. Nos próximos dias, o Carrefour inaugura a primeira loja do Atacadão na Colômbia e deve abrir a primeira unidade na Argentina ainda no segundo semestre deste ano.


Pueyo lançou ontem a operação de comércio eletrônico do Carrefour no país. Apesar de ser a última grande varejista a estrear na internet no mercado brasileiro, a meta é chegar ao quinto lugar, no grupo das maiores operações on-line do país, até 2011. Os maiores grupos de comércio eletrônico são a B2W (Americanas e Subamrino), Nova Pontocom (que vai reunir os sites do Ponto Frio, Casas Bahia e Extra/Pão de Açúcar), o Magazine Luiza e o Walmart.


Para acirrar a competição, o Carrefour vai oferecer neste primeiro mês da loja virtual o parcelamento promocional em até 24 vezes sem juros no cartão da rede.


Paralelamente à estreia de sua pontocom, a varejista francesa lançou a sua primeira campanha publicitária voltada para a marca Carrefour no Brasil, em que aparecem no mesmo comercial todas as demais bandeiras - incluindo o Atacadão e o Dia (rede popular de pequenos supermercados). No Brasil, as varejistas de alimentos concentram suas propagandas na divulgação de ofertas.


Perguntado pelos jornalistas se a campanha publicitária também teria o objetivo de afastar as especulações sobre a possível saída do Carrefour no Brasil, Pueyo negou qualquer associação com os rumores, além de reafirmar o interesse da multinacional em investir no Brasil. "Tudo já foi falado sobre isso e não vou voltar a esse assunto", disse. No ano passado, jornais franceses divulgaram que os acionistas do Carrefour avaliavam vender para o Walmart as operações em mercados emergentes, como o Brasil e a China.


Mas o presidente mundial do Carrefour, Lars Olfosson, já declarou que a companhia considera o Brasil um mercado prioritário.


Veículo: Valor Econômico


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