Buddemeyer mira setor corporativo e não quer a classe C

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Atenta ao crescimento do mercado interno, a fabricante de produtos têxteis Buddemeyer amplia portfólio e prepara-se para abrir nova unidade de negócios voltada para hotéis, bares e restaurantes. A partir de maio, um novo centro de distribuição, em São Paulo, vai atender ao mercado profissional. Essa é uma das estratégias para atingir R$ 175 milhões de faturamento em 2010, crescimento de 19% sobre os R$ 146 milhões alcançados em 2009.

 

Buddemeyer não está sozinha nessa estratégia. O mercado corporativo é alvo de várias fabricantes de cama, mesa e banho em 2010. Com a retração do mercado externo - em 2009, a exportação de toalhas brasileiras caiu cerca de 30% na comparação com 2008 -, a alternativa foi redirecionar a produção para o mercado interno. A Karsten, de Blumenau, também acaba de lançar uma linha para hotéis e restaurantes. A líder do segmento é a Teka, que atua há 15 anos com a linha profissional.

 

Buddemeyer tem interesse em atender aos pequenos negócios, com pronta-entrega de mercadoria e vendas em menor escala. "Há muitos pequenos hotéis, restaurantes e spas que não têm tempo nem condições de esperar para receber um lote mínimo de produção industrial", diz Rolf Buddemeyer, diretor comercial.

 

Buddemeyer conta que a empresa atua há mais de dez anos no segmento profissional no exterior. "Atendemos redes de hotéis com alto nível de exigência, já que o produto tem de suportar os processos de lavagem que são mais agressivos do que no uso doméstico", diz o diretor. Em 2010, apenas cerca de 10% do faturamento da Buddemeyer veio das exportações. No Brasil, o plano é centrar esforços para atender os consumidores das classes A e B. Para isso, o portfólio tem sido ampliado, inclusive, com produtos importados.

 

Segundo Rolf Buddemeyer, a partir deste inverno a companhia quer entregar ao mercado cobertores de lã acrílica, mantas de alpaca e outros produtos do gênero. "Ampliar o portfólio é meta permanente", diz. O executivo diz que não tem interesse em atender as classes C e B menos. "Há oferta abundante nesta área. Hoje não vemos espaço para atuar neste nicho". De acordo com a pesquisa Brasil em Foco, do IPC Target, em 2009 o potencial de consumo das classes A1 a B1 - com renda familiar entre R$ 13,7 mil e R$ 4,4 mil - para móveis e artigos do lar, na qual se insere os itens de cama, mesa e banho, caiu de R$ 17,1 milhões para R$ 12,6 milhões, uma retração de 26%.

 

Ainda para este ano, a Buddemeyer deve manter o ritmo de investimentos, com gasto de R$ 7 milhões em modernização do parque. Em 2009, foram R$ 6,5 milhões investidos, com ampliação na produção em 18%. Em média, a Buddemeyer está fabricando por mês 1 milhão de toalhas, 50 mil jogos de cama, 14 mil roupões, 25 mil jogos de colchas.

 

Veículo: Valor Econômico

 

 


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