Dia das Crianças desconhece crise

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O Dia das Crianças tem tudo para se transformar em uma prova de fogo para o Natal e servir como um termômetro dos impactos da crise financeira internacional. Os comerciantes continuam otimistas e garantem que quando o apelo é emocional, ou seja, conseguir atender o pedido dos pequenos, não há cenário mundial pessimista que freie as vendas. Tanto que as expectativas de crescimento entre 5% e 20%, na comparação com o ano passado, estão mantidas. E outra máxima que também não deve sofrer alterações é a de que o presente das crianças deixou de ser lembrancinha e vai custar R$ 100 em média, mas pode ser muito mais.

 

Segundo levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), 73,01% dos comerciantes acreditam que os presentes vão custar entre R$ 51 e R$ 250. “Dependendo da forma como a economia for se comportar nas próximas duas semanas, pode haver impacto na decisão de compras que impliquem financiamentos maiores, porque as pessoas deixam as compras para a última hora mesmo. Mas, no restante, a crise não deve interferir”, observa o economista da CDL/BH, Fernando Sasso.

 

O proprietário da Brinkel, Altair Orotides de Rezente, está otimista. Com uma parceria da Mattel, chamada de “loja do futuro”, para demonstração dos brinquedos, ele espera um aumento de vendas entre 15% e 20%. Ele ainda oferece financiamentos em até seis vezes sem juros e entrega os brinquedos em casa. “No ano passado, o valor médio dos presentes também ficou em R$ 90 e agora acredito que passe dos R$ 100”, observa. Entre os brinquedos campeões de vendas, ele aposta na coleção Barbie Castelo de Diamantes, com bonecas que cantam e custam R$ 99,99, e na linha de pistas Trick Tracks da Hot Wheels, que saem por R$ 149,99. “Miracle Baby, de R$ 299,99, e a Little Mommy, de R$ 399,99, também devem ter boa saída”, afirma o empresário, que espera vender de 100 a 120 de cada uma dessas bonecas até o dia 12.

 

A auxiliar de escritório Eliane Queiroz afirma que o presente do sobrinho Iuri Christian Andrade Mota, de 6 anos, será mais caprichado este ano. “E tem de ser dois, já que ele faz aniversário dia 4”, lembra. Ele quer um boneco do Max Steel turbo, que custa R$ 79,90, para o aniversário. Mas deve pedir outro modelo da mesma linha para o Dia das Crianças. E ainda vai ganhar da família uma bicicleta.

 

A Estrela também apostou alto na data e lançou 120 brinquedos este mês, 20% a mais que em 2007. O Dia das Crianças representa 30% do seu faturamento anual. E, este ano, a produção e as vendas foram 25% maiores que no ano passado, segundo o diretor de Marketing da empresa, Aires Leal Fernandes. Para ele, os produtos que mais devem fazer sucesso são: Real Baby, Comandos em Ação, Insecta, Balanço do Bebê e Cara a Cara Turma da Mônica, com preços de R$ 17,90 a R$ 269,90.

 

Já a PBKids estima aumento de 5% no valor médio do presente, que chegará a R$ 110. O estoque das lojas foi reforçado com um volume 8% maior que em 2007, sendo que 30% dos produtos são nacionais e 70% importados, segundo o diretor-comercial da empresa, Celso Pilnik.
 


Veículo: O Estado de Minas
   


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