Panasonic pára produção de tubo e concentra forças na TV digital

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Em agosto a Panasonic produziu os últimos televisores de tubo (CRT) no Brasil. A empresa japonesa, que produzia os aparelhos em três linhas na fábrica de Manaus (AM), já adaptou todas as linhas para a produção de televisores de plasma e de LCD (Liquid Cristal Display). A nova estrutura visa atender a produção dos novos aparelhos que devem chegar ao mercado até o final do ano. A linha da multinacional, que já conta com dois modelos de plasma e dois de LCD, deve ganhar três aparelhos com sincronizadores de sinal digital - todos de plasma - além de um modelo de LCD, totalizando dez aparelhos.

 

De acordo com Daniel Kawano, analista de produtos da Panasonic, a empresa interrompeu a produção de tubo porque o valor agregado das TVs de plasma e LCD compensa o volume de vendas dos aparelhos de CRT. A mesma estratégia foi adotada por outra japonesa, a Sony, que deixou de produzir TVs de tubos no final do ano passado. Em valor, até julho, as vendas de plasma e LCD já ultrapassaram as vendas de tubo. No entanto, em volume, tubo ainda representa 80% do mercado. Segundo a Suframa, até julho, as vendas de plasma e LCD somaram US$ 1,208 bilhão, enquanto CRT chegou a US$ 1,004 bilhão.

 

"Com a queda de preços em LCD e plasma, o público alvo ficou maior, não está mais restrito as classes mais altas", afirmou Kawano, ressaltando que ainda há espaço para queda nos preços, mesmo que não tanto quanto no passado.

 

Não é a primeira vez que a Panasonic trabalha para desenvolver produtos adaptados para receber o sinal digital. Até o mês passado, uma equipe de engenheiros da sede da empresa, no Japão, visitaram periodicamente a equipe brasileira que trabalhava no desenvolvimento dos produtos. "Cada país tem uma peculiaridade, mas nosso objetivo é trabalhar para facilitar a atualização dos televisores".

 

Kawano contou que a empresa resolveu esperar para colocar no mercado produtos adaptados a nova tecnologia. "Decidimos ser mais conservadores que os concorrentes porque ainda há muitas mudanças nas especificações da TV digital - como a do aguardado midleware ginga (ver box abaixo). Existem produtos hoje que não prevêem a utilização do ginga, por exemplo", disse. Segundo ele, as TVs da Panasonic aceitarão todas atualizações.

 

Os aparelhos adaptados da Panasonic custarão até R$ 700 mais caro que um televisor analógico. Mas, mesmo assim, Kawano acredita no crescimento desse nicho. "O brasileiro está começando a ver os benefícios da TV digital", disse, ressaltando que o público potencial aumenta de acordo com o avanço do sinal digital - hoje restrito a São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Goiânia. Segundo ele, no futuro haverá uma convergência de tecnologias, com potencial para gravadores de blu-ray, já comercializados nos EUA e no Japão.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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