Governo exige padrão para café a ser vendido no mercado interno

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O café vendido no mercado interno terá de ter um padrão mínimo de qualidade oferecido ao consumidor brasileiro. A partir de fevereiro, o governo vai exigir da indústria do café um padrão básico de sabor, aroma e fragrância e um percentual máximo de impurezas. A regulamentação foi anunciada ontem pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Instrução normativa do ministério, com as novas regras, será publicada no Diário Oficial da União hoje.

 

Com a medida, segundo o ministro, o consumidor terá a segurança atestada pelo governo de saborear um café mais puro e com um nível mínimo de qualidade. O café produzido no Brasil ou importado só poderá ter, no máximo, 1% de impurezas. A presença de umidade no grão torrado ou moído não poderá ultrapassar 5%. Serão observados ainda estado de conservação do produto, aparência, odor e informações de rotulagem, como nome de fabricante, lote, prazo de validade e país de origem, quando for o caso.

 

Os fiscais do ministério da Agricultura vão fazer o controle da qualidade por meio de testes de amostragem nos supermercados e pontos de vendas do varejo no País.

 

Ao anunciar os novos padrões para a cafeicultura nacional, Rossi, prometeu novas medidas de apoio ao setor, inclusive para a indústria de café solúvel. "Vamos fazer um programa que atende aos interesses complexos na cafeicultura. Desde o primeiro elo até ao último. O sentido é melhorar a posição do café brasileiro", disse ele, acrescentando que haverá um apoio especial em breve para o setor produtor de café solúvel. "Mas calma. Vai ter apoio também para torrefação", disse ele, para os integrantes do setor, que participaram da cerimônia de assinatura da Instrução Normativa com as novas regras para melhorar a qualidade do café vendido no mercado interno.

 

Segundo o ministro, a nova regulamentação para o produto, que exigirá um padrão mínimo de qualidade, vai ajudar a acabar com o mito de que o café bom é vendido para o exterior e o ruim, consumido no Brasil. Ele criticou o marketing que foi feito no exterior contra o café brasileiro e atacou os colombianos por venderem café com o nome colombiano, mas misturado com o brasileiro.

 

"Temos de trabalhar juntos para recuperarmos aquilo que é nosso. Hoje, o café colombiano tem uma parte de café importado do Brasil. É feito lá um blend e reexportado como se fosse café colombiano para ter um overprice no mercado internacional. Isso é muito ruim", disse. O ministro destacou o pioneirismo da medida brasileira.

 

Veículo: DCI


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