Assim como o varejo alimentar, as redes de vestuário perceberam que não faz sentido ficar restrito a um único formato de loja. No final de abril, a Marisa inaugurou a bandeira Marisa Lingerie, que ocupa cerca de 30% do espaço da loja tradicional. A própria Renner já anunciou para o segundo semestre a abertura de duas unidades no formato compacto, de até 1,2 mil metros quadrados, contra a média de 2,2 mil metros das atuais lojas. Ao flexibilizar o tamanho dos pontos de venda, a Renner abre oportunidades para lojas de rua (atualmente são apenas oito) e localizadas em cidades menores, com cerca de 250 mil habitantes.
"Mas nosso modelo de loja compacta não vai atender as classes C e D", ressalta Galló. Hoje, as 125 lojas da rede são voltadas às classes A-, B e C+, diz o executivo. O público de menor poder aquisitivo pode vir a ser atendido a partir da aquisição de uma nova rede, afirma. Essa era a intenção quando a Renner, em 2008, cortejou a carioca Líder. Mas veio a crise e as negociações não evoluíram. "Hoje nós nos cumprimentamos, mas não estamos namorando", diz Galló.
O mercado potencial da Renner está avaliado em R$ 112 bilhões, o que envolve o consumo anual de roupas, calçados, perfumes e cosméticos.
Veículo: Valor Econômico