Maria Júlia Sophie, de 8 anos, é uma exceção quando se trata da escolha de cereais matinais. Ao contrário do senso comum, ela diz preferir granola aos cereais sabor chocolate. “O outro é melhor”, diz, antes de se esconder atrás da perna da mãe.
A publicidade e as caixas coloridas dos produtos - doces e pouco saudáveis - são os grandes inimigos das mães. “A gente evita comprar, mas eles pedem. Quando posso, não os levo às compras”, afirma a designer Rita Peres, de 38 anos. Mãe de dois meninos, um de 4 e outro de 7 anos, ela diz ser difícil fazer com que os filhos adotem uma dieta saudável. Mesmo assim, se surpreendeu ao saber que as marcas favoritas dos filhos são as de pior classificação pela Pro Teste. “Para o café da manhã, compro pão e bolacha integral. Eles comem, mas preferem as bolinhas de chocolate.”
Os cereais estão sempre na despensa da dentista Cláudia Muro, de 38 anos. O filho Felipe, de 5, os mistura ao leite ou iogurte. “A publicidade sempre atrapalha. Como ele gosta, pede para que eu compre.” Segundo a mãe, os cereais prediletos de Felipe são os de chocolate.
Os pais concordam que, muitas vezes, não é a composição do cereal o problema, mas o exagero dos filhos. “Com o apelo das propagandas, eles insistem e comem demais. Não há bolso nem estômago que resistam”, completa Rita.
Já Larissa Hissnauer, de 7 anos, tem alimentação mais saudável. Depois de acordar, ela diz que come pão e uma fruta. Mas, nas raras ocasiões em que pede um cereal, escolhe o de chocolate.
Veículo: Jornal da Tarde