Roupa de frio: 5% a mais

Leia em 3min

Apesar do aumento das temperaturas nos últimos dias, em torno de 24 graus na capital paulista, os lojistas projetam um aumento entre 5% e 7% nas vendas de casacos e itens mais pesados.
 

 
Os empresários do setor de vestuário estão otimistas com as vendas das roupas de inverno. Apesar do aumento das temperaturas nos últimos dias, em torno de 24 graus na capital paulista, os lojistas projetam um aumento entre 5% e 7% nas vendas de casacos e itens mais pesados, como blusas de lã, luvas e cachecóis, em relação a igual período do ano passado.

 

O presidente do Sindivestuário (entidade das indústrias de roupas e confecções em geral), Ronald Masijah, explica que a coleção de inverno representa aproximadamente 20% da produção anual do setor, em torno de 1,2 bilhão de peças de inverno. Cerca de 8% do total comercializado no período é importado. A expectativa, baseada na ascensão da classe C e no maior poder de compra da população brasileira, é desovar toda a produção de roupas de temperaturas  baixas neste ano. "Acredito que as boas vendas do varejo nos dias frios poderão capitalizar os lojistas para compras mais amplas das próximas estações, embora as encomendas de verão tenham se iniciado logo após os desfiles da São Paulo Fashion Week (SPFW) e do Fashion Rio", diz Masijah.

 

Preços – Esse clima de otimismo contagia os produtores, como o grupo PW, dono das marcas Missbella e Vide Bula. Segundo o diretor presidente da empresa, Paulo Vieira, as vendas de inverno devem aumentar 15% ante igual período de 2009. As roupas de verão, que estarão nas vitrines das 13 lojas do grupo a partir da segunda semana de julho, também devem seguir o mesmo ritmo de crescimento. "A inflação do setor de vestuário é praticamente nula. Os preços são estáveis, contribuindo com o aumento de vendas todos os anos", explica.

 

Na Triângulo Moda, especializada em roupas femininas e com forte apelo no estilo tricô, as vendas foram prejudicadas pela leve alta da temperatura fora de hora nos últimos dias. De acordo com o superintendente da marca, Maurício Santos, o inverno representa 65% dos negócios da empresa. Por causa do calor nas últimas duas semanas, as vendas estão 10% menores em relação a igual período de 2009. "Mas até o final do ano pretendemos recuperar as perdas, com 5% de crescimento no total do faturamento", afirma.

 

Ele credita a queda também ao endividamento da população com produtos de maior valor agregado. "Os consumidores estão enrolados com as prestações da casa própria e do automóvel. Sem falar na Copa do Mundo, que incentivou as vendas de TVs de plasma e de LED. Todo mundo economizou em roupa para pagar as dívidas dessa outra gama de produtos", afirma.

 

Promoções – Para manter as vendas, o jeito é investir em liquidações. O inverno mal começou e algumas redes já divulgam descontos de até 70% nas roupas de frio. A justificativa dos lojistas para a antecipação das promoções é a Copa do Mundo, pois a estimativa é de que o movimento de consumidores no comércio de rua e nos shoppings diminua em até 60% em dias de jogos da seleção brasileira. A maioria dos centros comerciais fecha durante as partidas de futebol, o que derruba das vendas.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


Veja também

Após quatro meses, Pão de Açúcar e Casas Bahia fecham novo acordo

Pelo novo contrato, grupo de Abilio Diniz fará uma capitalização adicional de até R$ 700 mil...

Veja mais
Vendas a prazo 10% superiores

O número de consultas realizadas em junho ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (...

Veja mais
Ceagesp recebe injeção de capital e investe em projeto de revitalização

A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) acaba de dar a partida em seu primeiro...

Veja mais
Oferta cresce e preço do leite ao produtor começa a cair no país

Levantamentos do Cepea, da Esalq/USP, e da Scot Consultoria mostram queda nos preços pagos aos produtores em junh...

Veja mais
Nestlé receberá US$ 28,1 bilhões para fazer aquisições pelo mundo

A Nestlé tem pela frente uma pergunta de US$ 28,1 bilhões. Os investidores têm respostas de sobra. A...

Veja mais
Na Índia, barba lisinha vira moda e P&G fatura

Desafio no Brasil é fazer homem trocar sabonete por creme  Mulheres não gostam de homens que deixam ...

Veja mais
Supermercadistas de menor porte crescem acima de gigantes do setor

Redes pequenas e médias do setor supermercadista tiveram alta das vendas no acumulado dos cinco primeiros meses d...

Veja mais
Para BRF, Cade não deve seguir parecer sobre fusão

Alimentos: Empresa defende manutenção das marcas Sadia e Perdigão e afirma ter concorrentes fortes ...

Veja mais
Recurso trabalhista está mais caro

Objetivo é evitar que empresas adiem o pagamento de verbas devidas a trabalhadores      A pa...

Veja mais