Festas e frio prometem esquentar vendas no interior de Pernambuco

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O fim do mês de junho, ao contrário do que se imagina, não desanima os comerciantes de Pernambuco. Terminado o mês dos festejos juninos, do Dia dos Namorados e da primeira fase da Copa do Mundo da África do Sul, o comércio varejista - principalmente o do interior - vai se preparando para mais um mês de festas, e, consequentemente, de aquecimento das vendas.

 

Ontem começou o Circuito do Frio nas cidades de Pesqueira, Garanhuns, Triunfo, Taquaritinga do Norte e Gravatá. Criado há 20 anos, o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) foi o evento que deu início ao chamado Circuito do Frio, com a realização, na época mais fria do ano em Pernambuco, de shows ao ar livre nas praças e nos parques da cidade.

 

Com a criação do festival, outras cidades passaram a investir em festas temáticas: Festa da Renascença (Pesqueira), Festa do Estudante (Triunfo) etc. O pioneirismo do festival e o seu público atraíram o Centro de Pesquisa (Cepesq) da Fecomércio-PE para um estudo que completa três anos. Na prática, uma sondagem de opinião em Garanhuns com os empresários e consumidores avalia a expectativa de venda e de compra da população local durante o FIG, que acontece, este ano, de 15 a 25 de julho.

 

Para lançar a pesquisa durante a Noite de Queijos e Vinhos, evento do Sistema Fecomércio-PE que abre oficialmente o FIG no dia 14 de julho, o Cepesq enviou sua equipe de pesquisadores nesta quarta-feira à "Cidade das Flores". A coleta dos dados será feita até o dia 10 de julho.

 

Pesquisa

 

As redes do varejo da região metropolitana de Recife (RMR) tiveram bom desempenho em maio, porém com ritmo menor do que o registrado no primeiro quadrimestre de 2010. O comércio em geral cresceu mais de 12% em relação ao mês de maio de 2009, tendo todos os ramos apresentado resultados positivos, o que mostra boa performance. As informações estão no relatório da pesquisa conjuntural do comércio varejista da RMR referente ao mês de maio de 2010.

 

De acordo com os números, as vendas diminuíram cerca de 1% na comparação com abril. Um maior número de dias úteis em maio e a comemoração do Dia das Mães explicariam o resultado. A redução decorreu também de forte queda das vendas do segmento automotivo.

 

O fim da política de redução do IPI e o início de um ciclo de aumento da taxa Selic, que deverá perdurar por todo o ano, são as principais razões da desaceleração das vendas.

 

O comércio automotivo retraiu-se em mais de 10% na comparação com abril, depois de um excelente período que permitiu, quando comparado com 2009, a acumulação de um crescimento de mais de 25% nos cinco primeiros meses de 2010.

 

Prognóstico

 

Durante o segundo semestre, a principal contribuição para um bom desempenho das vendas deverá surgir do aumento do produto interno, via expansão do emprego e da renda. Um incremento de mais de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do País ao longo deste ano, como é esperado, permite prever um crescimento do PIB pernambucano em torno de 10%. Em função do comportamento do consumo das famílias, o acréscimo percentual das vendas do varejo deverá ser superior ao do crescimento do PIB estadual.

 

A previsão é otimista para 2010, e, de acordo com a Fecomércio-PE, é de crescimento real das vendas do varejo da RMR em cerca de 12%. Trata-se de uma taxa menor do que os 15% que deverão ser registrados pelo comércio no primeiro semestre, mas superior aos 10% previstos para o incremento do PIB estadual.

 

Em São Paulo, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que mede as vendas a prazo, registrou alta de 10,0 % no mês de junho, se comparado igual período em 2009 - com o mesmo número de dias úteis, favorecido pela continuidade da oferta de crédito e pelas vendas de eletrônicos. Segundo a entidade, a Copa antecipou as vendas de eletrônicos até a 1º quinzena de junho.

 

Está nas mãos das famílias de Abilio Diniz e Michael Klein o acordo definido pelo batalhão de advogados, assessores e economistas envolvidos na reunião entre os sócios do Grupo Pão de Açúcar e Casas Bahia. O acordo foi fechado depois de reverem centenas de páginas do contrato da maior renegociação do varejo no País, em reuniões que se estenderam noite adentro esta semana, com foco na revisão de cláusulas no que tange à governança corporativa, pela Globex Utilidades (Ponto Frio).

 

Fontes que acompanham o caso pelo lado das Casas Bahia dizem que havia muitos pontos falhos com relação principalmente aos direitos de autonomia e participação corporativa, mesmo minoritária. O contrato até contava com cláusulas de proteção ao Pão de Açúcar caso os problemas da empresa fechada fossem maiores do que se poderia imaginar. Mas não havia nada definido sobre os direitos de desistência da Casas Bahia no caso de o acordo não se mostrar vantajoso. Tudo indica que hoje pode dar-se o desfecho da questão entre as empresas.

 


Veículo: DCI


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