Anunciada em dezembro, a fusão entre Casas Bahia e Pão de Açúcar pegou o mercado de surpresa. Afinal, tratava-se da união de dois gigantes cujo faturamento total combinado ultrapassava os R$ 40 bilhões. Além disso, vinha apenas seis meses depois de um outro grande negócio no varejo envolvendo também o Pão de Açúcar: a compra do Ponto Frio.
O grupo de Abilio Diniz, muito forte no ramo de supermercados e hipermercados, mas relativamente pequeno na área de eletrônicos e eletrodomésticos, deu um salto com a aquisição, em junho do ano passado, por mais de R$ 800 milhões, da rede controlada por Lily Safra. Juntando-a à rede Extra Eletro, passou a ter uma receita de mais de R$ 7 bilhões nesse setor, ganhando a escala necessária para negociar preços melhores com os fornecedores. Com a Casas Bahia unindo-se a esse bloco, essa escala foi multiplicada ainda mais.
Esse foi o maior lance, mas não foi o único no recente processo de consolidação do varejo brasileiro. Em março, as redes Insinuante, baiana, e Ricardo Eletro, mineira, também anunciaram uma fusão, criando uma empresa, batizada de Máquina de Vendas, com receita combinada de cerca de R$ 5 bilhões. No mês passado, a Máquina de Vendas incorporou também a rede City Lar, de Mato Grosso.
Veículo: O Estado de S.Paulo