Carbono Química faz apostas em linha própria

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Estratégia: Voltada à distribuição, empresa desenvolve produtos

 

A Carbono Química, segunda maior distribuidora de solventes e hidrocarbonetos do país, vai intensificar a produção de sua linha de produtos próprios. Consolidada no segmento de distribuição, a empresa está investindo em pesquisa para ampliar seu portfólio - atualmente 95% de seu faturamento está concentrado na distribuição, afirmou Rodrigo Gabriel, diretor e um dos acionistas da companhia.

 

Por meio da divisão Carbono Engenharia, criada há dois anos, a empresa está apostando em três linhas de produtos que vão desde secantes e catalisadores para tintas e poliuretanos (PU), solventes oxigenados mistos (voltados para indústrias de limpeza e tintas) e oleoquímicos, no qual possui uma parceria desde setembro de 2009 com a Bracol, empresa do grupo JBS.

 

No ano passado, a companhia começou a desenvolver ácido dimérico - insumo usado para a produção de poliamida (polímero termoplástico) - no laboratório da Carbono Engenharia, a partir de óleos vegetais, entre os quais a soja. A produção comercial teve início este ano. Na rota tradicional da poliamida, utiliza-se óleo de palma, um subproduto da produção de papel.

 

"Deveremos ampliar a produção de oleoquímicos em parceria com o JBS para entrarmos na área de cosméticos no futuro", disse.

 

Fundada em 1978, a empresa, com 100% de capital nacional, não descarta firmar parcerias para continuar crescendo no país. Gabriel afirma, contudo, que não há negociações neste momento. Com sede em São Bernardo do Campo (ABC paulista), a empresa possui três unidades de distribuição: em Ribeirão Preto (SP), em Paranaguá (PR) e Vitória (ES).

 

Em 2009, a Carbono comercializou 73 mil toneladas para os segmentos de produtores de tintas, vernizes e os fabricantes de colas, adesivos, resinas, defensivos agrícolas, além do setor sucroalcooleiro. Em relação a 2008, houve um crescimento de 4%.

 

A expectativa para este ano é de uma forte recuperação das vendas. "Esperamos voltar aos patamares antes da crise", afirmou Gabriel. A empresa projeta faturamento da ordem de R$ 180 milhões em 2010, ante os R$ 148 milhões do ano anterior.

 

A empresa está com a família Gabriel desde 1989 e o comando está nas mãos de Vera Miraglia Gabriel, mãe do executivo. "Somos uma empresa familiar sim e todos trabalham na empresa", afirmou Rodrigo Gabriel.

 

A Carbono Química não tem planos, por ora, de ir à bolsa. "Fazemos a lição de casa, com boas práticas de governança corporativa, mas não temos interesse de entrar no mercado de capitais", disse. "Atuamos em um segmento onde todos são conhecidos pelo nome dos empresários. No nosso caso, somos a empresa da dona Vera e isso não é ruim."
 

 

Veículo: Valor Econômico


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