Entre os produtos de higiene pessoal, os absorventes higiênicos da marca Seja Livre chamam atenção na prateleira dos supermercados de periferia. Produzidos pela empresa fluminense Aloés, o pacote com 8 unidades custa R$ 0,99. Já a marca que "inspirou" o nome Seja Livre, a Sempre Livre, da Johnson & Johnson, sai por R$ 1,49.
Outro produto que surpreende é o da linha de cereais matinais da Alca Foods, com sede em Itumbiara (GO). Lembrando a marca líder Kelloggs, cujo mascote é o tigre Tony, todos os cereais da Alca Foods têm um leão sorridente estampado na caixa do produto. "Um é o rei da selva, o outro não é", diz, brincando, o diretor comercial da empresa, Roberval Dias Martins.
A ideia do leão, segundo ele, não é confundir o consumidor, mas fazer uma versão "mais brasileira" do produto. É por isso, segundo ele, que um dos cereais chama-se "ChocoBol" e não "ChocoBall", em inglês.
Alguns fabricantes chegam a operar com liminares obtidas na Justiça, para deixar de pagar a diferença de ICMS entre os Estados. Isso acontece principalmente com empresas de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, em relação ao ICMS paulista. "Esses fornecedores fazem o possível e o impossível para vender mais barato, pois o preço é o único instrumento que eles têm como diferencial", explica Martinho Paiva Moreira, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas).(LC)
Veículo: Valor Econômico