Padarias apostam em atendimento

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Com o aumento da busca por alimentação fora de casa e da disputa pelo gosto do freguês com redes de fast-food, por exemplo, as redes de padaria têm buscado cada vez mais aprimorar o atendimento para fidelizar o cliente, seja com um layout moderno e cardápio com inúmeras opções de refeições e pratos rápidos, seja no próprio atendimento personalizado, muitas vezes até com requintes de restaurante sofisticado. Por conta disso, a ideia de melhorar o sistema de comunicação visual para agilizar e aprimorar o serviço de atendimento, proporcionando mais conforto e satisfação ao cliente, é o mote do "Psiu Garçom", um novo conceito que acaba de ser apresentado na Fipan 2010 -Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentos, evento que é a vitrine do setor, e vai ser realizado até amanhã (23), das 13 às 21 horas, no Expo Center Norte, em São Paulo.

 

O serviço é funcional, pois, além da rapidez de atendimento, o cliente não corre o risco de não ser atendido caso o garçom não ouça um chamado. Já o equipamento garante ser de fácil instalação e operar de forma simples. Na região do ABC Paulista há padarias que experimentam o produto, composto por transmissores individuais sem fio posicionados nas mesas do estabelecimento, gravados em um display eletrônico instalado em local de fácil visualização.

 

Para chamar o atendente, o cliente aciona um dos dois botões do transmissor localizado em sua mesa, e seu número é exibido no painel, ao mesmo tempo em que emite um alarme sonoro e avisa o funcionário de que há solicitação. Após atender a mesa, o garçom aciona o segundo botão do transmissor, que só então apaga o número do chamado no display.

 

A rede de padarias Favos de Mel, com loja na zona norte da capital e em Guarulhos, diz ter sido a primeira empresa a implantar o serviço Psiu Garçom. Segundo o diretor da Casa do Instalador, que desenvolve o Psiu Garçom, José Rubens Ferreira Almeida, de lá pra cá a rede só contabiliza ganhos com o serviço.

 

Para ele, o empresário do segmento de panificação deve se manter à frente das tendências e do comportamento dos consumidores, que vão de donas de casa a executivos que cada vez mais fazem suas refeições fora de casa. "Uma padaria hoje deve oferecer muito além do pãozinho francês, sem menosprezá-lo, claro. Um bom café da manhã, brunch, almoço, lanches e bufê de sopas, por exemplo, são incrementos bem lucrativos", crê Almeida.

 

Ainda de acordo com o empresário, a procura do serviço pelo setor de panificação cresceu 20% nos últimos 12 meses, com uma projeção de aumentar 40% em 2010. "Inicialmente foi desenvolvido para padarias, bares e restaurantes, mas o conceito permite outras aplicações, como, por exemplo, clínicas médicas, linha de produção industrial e até call centers", como ele sugere. Almeida ressalta que a tecnologia empregada no equipamento requer baixos índices de manutenção. Para gerar economia, ele diz que os painéis são constituídos por LED (Diodo Emissor de Luz) e funcionam sem fio.

 

O Psiu Garçom ainda oferece a possibilidade de veiculação de publicidade e promoções no painel, além de um relatório que registra o tempo dos chamados e o tempo médio de atendimento por mesa, permitindo acompanhamento de gestão financeira e de marketing.

 

Para que o serviço de agilidade mude o atendimento nas padarias e se torne acessível, a empresa que desenvolveu o serviço também disponibiliza o Psiu Primo, uma versão personalizada da linha, com display compacto e custo reduzido. "É uma oportunidade bem interessante de a empresa experimentar as facilidades de comunicação entre o cliente e o atendente, com baixo custo", finaliza Almeida.

 

Negócios

 

Mudar a imagem do balcão de venda de pães é o que as padarias têm buscado, com requinte no atendimento. As padarias Galeria do Pães e Dengosa, da capital paulista, cujo dono é Milton Guedes, são exemplos de busca por novos conceitos de 'vender pão'. Na Galeria dos Pães, por exemplo, passam cerca de 5 mil pessoas por dia e o tíquete médio é de R$ 9,80, o que corresponde a um faturamento médio mensal de cerca de R$ 1,47 milhão.

 

"Somos de referência na feira, por isso temos seis nutricionistas e um engenheiro de alimentos para receber os visitantes da Fipan que vêm de outros estados também para conhecer a nossa forma de trabalho e o que temos de novidade.

 

Este ano o tema é 'fabricação própria de pães e doces light", enfatizou Milton Guedes.

 

O Grupo Benjamin Abrahão, no mercado de panificação há 67 anos, vende mais de 250 mil pães do tipo francês por mês. A rede, com 12 lojas viu oportunidade no público jovem e mantém unidades em universidades como Mackenzie, Uninove e Pontifícia Universidade Católica (PUC).

 

Veículo: DCI


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