Setor eletroeletrônico cresce no Sul de Minas

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A redução de encargos fiscais, entre outras medidas, para produtos do segmento fabricados no Brasil, é a principal reivindicação do documento que será entregue por representantes da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) nesta semana, em Brasília, ao governo federal e presidenciáveis. O objetivo é diminuir o preço das mercadorias nacionais para que elas possam competir com os artigos chineses.

 

No entanto, municípios do Sul de Minas têm registrado grande expansão do setor nos últimos anos. É o caso do Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí. "A importação de produtos asiáticos não nos preocupa. O faturamento das empresas cresceu inclusive durante o período de crise e a previsão é de que as indústrias permaneçam em expansão", avaliou o secretário de Ciência e Tecnologia, Indústria e Comércio, Pedro Sérgio Monti.

 

De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares (Sindvel), as empresas instaladas no município faturaram cerca de R$ 1,1 bilhão em 2009, crescimento de 15% em comparação com 2008, quando o segmento movimentou R$ 1 bilhão. Para 2010, a estimativa da entidade é de faturamento de R$ 1,2 bilhão, expansão de aproximadamente 10% frente ao ano anterior.

 

Em Varginha, também no Sul do Estado, a situação não é diferente. A construção do polo de eletrônica na cidade, que havia sido paralisada no último ano por causa dos efeitos da crise financeira, foi retomada em 2010. "Estamos investindo bastante no projeto. Cerca de 250 empresas, entre pequenas, médias e grandes, já estarão produzindo na cidade a partir do ano que vem", informou o secretário de Desenvolvimento, Samuel Maganha Filho.

 

O polo recebeu um aporte de R$ 700 milhões. Entre as empresas que fazem parte da iniciativa, estão Wallita/Philips do Brasil Ltda, Flexfor do Brasil, SwissBras, Polishop, SRW Plásticos e Plascar. "Na próxima semana, a Texcom, uma empresa paulista que fabrica memórias eletrônicas já deve começar a operar aqui", ressaltou.

 

Na opinião do secretário, o Estado já oferece incentivos para a instalação de indústrias do segmento. " uma política sadia. O governo isenta o fabricante de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) durante todo o primeiro ano. Depois há uma redução regressiva desta taxa", explicou.

 

Quanto ao grande número de empresas que deve fazer parte do polo eletrônico de Varginha, Maganha Filho observou que o município proporciona facilidades para a instalação de fábricas na área. "Oferecemos terreno, luz, água, saneamento básico, todo o suporte e a infraestrutura necessários. Fazemos acordos com empresas de outro setor, que se responsabilizam, por exemplo, pela terraplenagem do terreno", salientou.

 

Oo secretário afirmou que também estão sendo feitos investimentos em mão de obra qualificada. "Haverá a construção do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) na cidade", ressaltou.

 

Apesar de a balança comercial do segmento possuir déficit total de R$ 20 bilhões no acumulado do ano, o setor de equipamentos eletroeletrônicos cresceu 14% em Minas Gerais de janeiro a maio frente ao mesmo período de 2009.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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