Mercado aquecido leva à dificuldade de contratar manter funcionários
O bom momento econômico impõe um novo desafio à Ri Happy, uma das maiores redes varejistas de brinquedos do país. Ao mesmo tempo que espera uma alta de 10% no faturamento deste ano, alcançando a cifra de R$ 600 milhões, a empresa se esforça para lidar com a falta de mão de obra. De caixa de loja, passando por vendedores até chegar aos pedreiros que participam das construões, a conclusão é uma só: está difícil achar e manter o colaborador trabalhando. “Hoje, por menor que seja o motivo, o funcionário quer ser demitido porque sabe que logo se recolocará em outra varejista”, diz Ricardo Sayon, presidente da Ri Happy. “Um varejista ‘rouba’ funcionário do outro”, afirma.
Há dois anos, cerca de 3% de um total de 2 mil funcionários se desligavam da empresa a cada mês. Hoje, com quase a mesma quantidade de colaboradores, este percentual está em 4%, o que representa um aumento de 33%no número de desligamentos. Com a dificuldade de contratação, a empresa também foi obrigada a rever alguns conceitos. “Antigamente, só contratávamos quem estava desempregado. Agora, não dá mais para agir assim”, diz Sayon. A varejista possui um departamento responsável pelos projetos e obras de suas lojas e neste setor a dificuldade é a mesma.
Expansão por franquia
Enquanto tenta driblar as conseqüências do mercado aquecido, Sayon retoma aos poucos o projeto de franquia. A primeira vez que o empresário se aventurou neste formato foi há mais de dez anos. Na época, o projeto não deu certo e a expansão da Ri Happy continuou baseada na rede de lojas próprias, que hoje somam 95 unidades. Alguns anos depois, o projeto foi reformulado e, em 2009, a empresa abriu uma primeira loja franqueada. “Temos uma fila grande de candidatos a franqueados, mas preferimos ir com calma nesse rumo”, afirma Sayon. ■
Veículo: Brasil Econômico