Riachuelo dispara e prevê vender R$ 3 bilhões este ano

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Com a meta de a1cançar o primeiro lugar no pódium no Brasil na categoria como rede nacional do varejo de vestuário e acessórios, a Riachuelo tem apresentado forte desempenho e pode obter faturamento de R$ 3 bilhões, segundo analistas do mercado. No ano passado a empresa teve receita estimada em R$ 1,9 bilhão e ficou atrás da Lojas Renner, que faturou em torno de R$ 3,024 bi.

 

Entre as estratégias para ganhar mercado e superar a concorrência, a meta é investir R$ 1,7 bilhão até 2013 para dobrar a área de vendas, de 240 mil metros quadrados para 480 mil metros² no período, ampliando a rede das atuais 114 para 190 lojas, nos próximos três anos. Até o final do ano serão inaugurados mais 10 pontos de venda.

 

De acordo com o presidente do Grupo Guararapes - controladora da Riachuelo - Flávio Rocha, a expansão deve abrir 8 mil postos de trabalho, aumentando para 22 mil o contingente de colaboradores. Além da Riachuelo, o Grupo é dono da confecção leva seu nome, além de um shopping center, o Midway Mall, em Natal (RN), e uma financeira que tem o mesmo nome do mall.

 

Outra vertente que o grupo deve passar a atuar para tentar alcançar a liderança é aumentar a fidelização dos clientes por meio do cartão próprio (private label) da loja, que até o ano passado envolvia 15,7 milhões de cartões, mas deve fechar 2010 com aumento de 11,45%.

 

A novidade mais recente é que a partir do próximo ano a rede varejista, por meio da financeira Midway, doGrupo, irá se 'bandeirar' com as marcas Visa ou Mastercard. Cerca de 1,5 milhão de cartões até o final de 2011 terão uma das bandeiras, o que representa 8,5 % do total que a empresa possui.

 

Segundo Flávio Rocha ainda não há previsão de data para que todos os cartões sejam convertidos. "Faremos essa primeira experiência para saber como nossos clientes vão receber a novidade", explicou o presidente do Grupo Guararapes. Hoje, o tiquete médio da rede é R$ 120, o que é um aumento de 21% em relação a 2008, e o que mostra que a Riachuelo, assim como muitas redes varejistas, se recuperaram da crise internacional que aplacou o País e vê boas vendas este ano.

 

Datas sazonais

 

Segundo Rocha, o Natal é um exemplo que deve ter um lucro acima de dois dígitos e para isso deve contar com reforço de mão de obra temporário de 12 mil colaboradores para a data sazonal de 2010, que deve ter um aumento de 50% em relação ao ano passado.

 

A expectativa deve seguir as datas sazonais anteriores que para a marca foram recordes de vendas. No segundo trimestre deste a marca alcançou um lucro líquido de R$ 58,2 milhões, uma alta anual de 36,8%.

 

Ou seja, o grupo Guararapes viu as vendas do período impulsionadas por datas festivas como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. Conforme a empresa, a concentração dessas duas importantes datas fez do segundo trimestre deste ano um período sazonalmente importante para o segmento de vestuário.

 

Especialistas no setor, lembram que o segmento de vestuário ficou em segundo lugar no primeiro semestre de vendas, no comércio varejista de São Paulo - com 11,7 e deve manter o ritmo de crescimento e até mesmo aumentar por conta da fomentação do crédito.

 

Moda para a nova classe

 

Com um poder de compra maior a nova classe emergente a Riachuelo teve a ideia de trazer o nome de um estilista da classe de luxo, Oskar Metsavaht, dono da grife carioca Osklen, um dos nomes mais procurados do mundo fashion no País, para desenhar as roupas para a rede com o intuito de dar a classe uma uma nova maneira de cobrir o corpo. Serão ao todo 120 mil peças para a coleção verão que estarão disponíveis em todas as lojas da rede à partir do 15 de novembro com preços a partir de R$ 29,90 e vão até R$ 200.

 

"Temos o objetivo de buscar uma sinergia entre a classe emergente e as mais altas", explicou o presidente da companhia. Ele enfatizou a opinião da importância da disponibilidade de crédito para o que ele auto-titulou de "milionários sem dinheiro": pessoas que gastam hoje toda a renda disponível para alcançar o objetivo de se ter o que todas as pessoas da classe B já possuem como roupas de grifes, carro, casa própria e acesso ao crédito maior.

 

As peças vão carregar o espírito "cool" da marca e serão inspiradas no Rio de Janeiro, que serviu de cenário para a campanha desta coleção. O valor da campanha não divulgado pela empresa por questões estratégicas.

 


Veículo: DCI


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