Fim de ano vai gerar R$ 11 bi nas vendas do varejo

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As vendas dos varejistas da Região Metropolitana de São Paulo podem alcançar R$ 11 bilhões em dezembro, acréscimo de 12% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo estimativa da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Cerca de 20% desse valor serão injetados pelo 13º salário, que, na Grande São Paulo, atingirá R$ 17,47 bilhões ante R$ 15,37 bilhões em 2009 (valores a preços atuais), evolução superior a 13%. No Grande ABC, o 13º representa R$ 1,78 bilhão, conforme matéria de capa desta edição.

 

Esse cálculo do montante gerado pelo salário extra foi feito pela Fecomercio com base nas estimativas apresentadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e engloba a atividade ao longo do mês de dezembro, incluindo os valores movimentados nas festas de fim de ano. As estimativas de faturamento relacionadas exclusivamente ao Natal e Ano Novo ainda serão apresentadas pela entidade.

 

Para Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomercio, a diferença positiva de R$ 2,1 bilhões representa 2,1% do total das vendas estimadas para este ano, que tende a atingir R$ 100 bilhões e será determinante para se estimar o nível do impacto que o 13º salário terá sobre o consumo. "É preciso, no entanto, ressalvar que grande parte desse volume de renda não será destinada ao consumo e que, também, uma parcela desse dinheiro já foi paga aos trabalhadores ao longo do ano, por ocasião de férias, política de antecipações de empresas etc", afirma.

 

Carvalho ressalta ainda que mais importante do que o aumento em relação ao volume do ano passado é o crescimento desses recursos, decorrente da forte expansão na massa de rendimentos observada ao longo deste ano. Segundo o assessor econômico, certamente esse acréscimo vai impactar positivamente o consumo do fim do ano.

 

"É importante ter consciência quanto à necessidade de se contar com ciclo positivo e sustentado da atividade econômica, pois esses volumes que agora ingressam na economia são consequência - e não a causa primária - de um período onde a conjunção de variáveis positivas permitiu se manter aquecido o mercado interno, com benefícios para toda a sociedade", destaca.

 


Veículo: Diário do Grande ABC


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