Dificilmente as pessoas deixam passar o Natal sem entregar um mimo para aquela pessoa querida. Diferentemente de aniversários, os presentes normalmente superam a lembrancinha. E neste ano, o Papai-Noel virá gordo, tendo em vista que o número de pessoas que pretende gastar entre R$ 100 e R$ 500 aumentou em comparação com 2009.
De acordo com pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), 57% dos entrevistados esperam gastar mais de R$ 100, até R$ 500, nas compras de Natal. O resultado de 2009 era 55%.
Em comparação com o mesmo recorte realizado em 2008, a intenção de consumo deste ano também é maior. A superação é de sete pontos percentuais.
Para o professor do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Cláudio Salvadori Dedecca, existe a possibilidade de que a confiança do consumidor na economia estimulou o resultado. "Se a expectativa é de aumento da renda futura, a pessoa gasta mais."
Ele explicou que para o público de menor poder aquisitivo, a expansão do crédito alavanca a decisão de compra. "Quando se tem garantia de maior renda futura e possibilidade de tomar crédito, a intenção aumenta. Mas não o crédito do cartão, e sim o crediário", disse.
Os gastos da pesquisa levam em consideração tanto os recursos do 13º salário, quanto financiamentos. O levantamento entrevistou 567 pessoas, de todas as classes sociais no País, em outubro.
Na contramão, o percentual de consumidores que vai gastar no máximo R$ 100 diminuiu. Enquanto no ano passado eram 12%, neste são 10%. "Na hipótese de cenário desfavorável, a intenção de compra pode continuar, mas o valor do gasto dificilmente será maior", avaliou Dedecca.
MAIS CARO - Conforme a pesquisa, 17% dos entrevistados esperam gastar entre R$ 500 e R$ 1.000 nas aquisições de Natal. Outros 12% pretendem despender de R$ 1.000 a R$ 2.000. Apenas 4% pensam em gastos acima de R$ 2.000. No entanto, a Anefac orienta deixar de lado o crédito parcelado. Se o consumidor tiver a possibilidade de pagar à vista, as chances de descontos aumentam.
Eletroeletrônicos, roupas e brinquedos são preferência
Como 67% dos consumidores entrevistados pretendem gastar até R$ 500 nas compras de Natal, a intenção de compras se adequa ao valor. Segundo a pesquisa da Anefac, os brinquedos, roupas, eletroeletrônicos e telefones celulares foram os mais citados.
O maior interesse, de 76% dos 567 participantes do levantamento, está voltado aos aparelhos de DVD, rádios, home theater, filmadoras, máquinas fotográficas e TVs, todos incluídos no grupo eletroeletrônicos e eletroportáteis.
Em seguida, 75% do público entrevistado pretendem direcionar recursos para adquirir telefones celulares.
As crianças também estão na lista dos presentes, tendo em vista que 68% dos consumdiores estão dispostos a comprar brinquedos no Natal. Produtos de informática são preferência de 50% do universo da pesquisa.
REFORMA- Mudar a aparência das residências, tanto interna quando externa, está na cabeça de 12% dos participantes. Enquanto 6% querem comprar móveis e estofados, outros 6% pensam em materiais de construção.
Veículo: Diário do Grande ABC