Detentora de cerca de 50% do mercado de ar-condicionados no país, a Midea do Brasil - braço do grupo chinês que é um dos maiores fabricantes mundiais do produto - entra agora no mercado brasileiro de fornos de micro-ondas. O centro de distribuição da empresa em Palhoça, na Grande Florianópolis, já recebeu 6 mil unidades que vão abastecer o varejo neste fim de ano.

 

Segundo Natanael de Souza, presidente da Midea do Brasil, serão 30 mil micro-ondas importados nesta primeira fase. "Vemos o mercado com grande potencial, principalmente porque a classe C começa a ter acesso a esse tipo de eletrodoméstico", afirma. O portfólio completo que será importado da China compreende micro-ondas de R$ 199 a R$ 599.

 

O plano de expansão da Midea do Brasil prevê ainda o investimento de R$ 10 milhões para ampliar o centro de distribuição na Grande Florianópolis. A área que hoje possui cerca de 11,5 mil m2 deve dobrar de tamanho em uma obra que deve ser finalizada em janeiro. Cerca de 40 novos funcionários serão contratados.

 

Em Santa Catarina, a Midea do Brasil atua em parceria com a First Premium, uma das maiores tradings do Estado, desde 2006. A empresa recebe benefícios fiscais concedidos pelo governo para a importação, dentro do programa Pró-Emprego.

 

A partir de janeiro, a empresa terá um centro de distribuição em João Pessoa, na Paraíba. A operação vai começar de forma terceirizada, mas há a previsão de investir outros R$ 10 milhões para a construção de instalações próprias até o fim de 2011.

 

Segundo Natanael, o novo centro de distribuição vai atender as regiões Norte e Nordeste. A unidade de Palhoça concentrará o atendimento do Sul e Sudeste.

 

Com a expansão das operações para o Nordeste, a expectativa é reduzir em 5% os custos de distribuição. Os equipamentos serão importados pelos portos da região.

 

A Midea do Brasil está otimista com os resultados de 2010. Segundo Natanael, as vendas do grupo vão mais do que dobrar em relação a 2009. A empresa não revela o valor do faturamento.

 

O crescimento expressivo do mercado interno de ar-condicionados anima a empresa. Do verão de 2009 - quando houve falta de aparelhos no mercado - a estimativa de unidades vendidas passou de 1,5 milhão para 2,3 milhões de unidades.

 

Com parque fabril instalado na China, a Midea produz mais de 18 milhões de aparelhos de ar-condicionado por ano e exporta para 150 países. Além dos produtos que levam seu nome, também é responsável pela fabricação para outras marcas do mercado

 

Veículo: Valor Econômico