A Laticínios Condessa Ltda, dona das marcas Forno de Minas, São Geraldo, Leiteria de Minas e Gran Condessa, com sede em Belo Horizonte e fábricas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e Conceição do Pará (Centro-Oeste do Estado), vai investir R$ 12 milhões em 2011. Segundo o presidente da empresa, Hélder Mendonça, o objetivo é ampliar o mix da Forno de Minas, principalmente da linha food service, voltada para lanchonetes, restaurantes, padarias, cantinas e cafeterias, além da conquista de novos mercados.
De acordo com ele, os recursos, provenientes do caixa da companhia, serão aplicados na compra de máquinas e equipamentos, treinamento de funcionários e ações de marketing. "Os aportes serão direcionados à complementação do nosso mix, por meio da ampliação do número de itens da linha food service, que também pode ser chamada de ‘fast food brasileiro’, já que as pessoas passam nesses estabelecimentos e fazem um lanche rápido, com tortas, empadas e folhados que levam a marca Forno de Minas", explicou o empresário.
Outro projeto da Laticínios Condessa para o próximo exercício é a conclusão das inversões de R$ 8 milhões, destinadas à expansão da planta de Contagem e à compra de equipamentos, iniciadas neste ano. Conforme Mendonça, com a ampliação, a área construída da fábrica, instalada em um terreno de 24 mil metros quadrados, chegará a 13 mil metros quadrados. E o volume de produção saltará de 600 toneladas por mês para mil toneladas mensais.
Além disso, parte do novo maquinário será instalado na unidade da empresa em Conceição do Pará, onde é processado o leite e produzido o queijo, matéria-prima utilizada na fabricação do pão de queijo, carro-chefe da marca. O presidente da Laticínios Condessa ressaltou que, com a chegada dos equipamentos, a capacidade da planta irá aumentar 66,6%, saltando de 150 mil litros de leite por dia para 250 mil litros por dia.
Ainda de acordo com Mendonça, na planta do Centro-Oeste do Estado são fabricados 400 mil quilos de queijo por mês. Além de abastecer a Forno de Minas, o laticínio fornece para outras grandes indústrias do país, como a Perdigão e a Polengui.
Diante dos investimentos realizados ao longo de 2010 e das expectativas em relação à continuidade do crescimento da economia no próximo ano, Mendonça prevê um aumento de pelo menos 30% nos negócios da empresa em 2011 na comparação com este exercício. Já para 2010, ele informou que em virtude da base fraca de comparação, o volume de vendas registrará incremento da ordem de 70%.
"Em 2010 focamos nosso trabalho na reestruturação da empresa e na retomada da qualidade de nossos produtos. Investimos em mão de obra, matéria-prima e maquinário, de forma que as vendas voltassem aos antigos patamares. Desde então, a marca voltou a ser comercializada em grande parte do país e as vendas nos supermercados foram aumentando gradativamente", ressaltou. Mendonça acrescentou que 2009 foi um ano de "adequações", que permitiram à companhia aumentar sua participação no mercado nacional.
A Laticínios Condessa retomou a marca Forno de Minas em maio do ano passado, quando ela foi adquirida pelos fundadores da norte-americana General Mills. Os produtos da empresa são fornecidos, principalmente, para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e para o Distrito Federal. Porém, o objetivo é ampliar a presença em regiões como o Nordeste e o Sul do país. "Nossa prioridade é manter a liderança de vendas no Sudeste. Mas, conquistar novos consumidores no Brasil também está entre as metas", adiantou.
No que se refere ao mercado internacional, no início do ano, a empresa voltou a exportar para os Estados Unidos. E, no próximo exercício, a meta é aumentar os embarques, que hoje representam 3% da produção mensal. "Mesmo com o câmbio desfavorável, não alteraremos em nada o nosso planejamento de exportações. Sabemos que este é um trabalho a ser feito a longo prazo e acreditamos que, até lá, o problema da sobrevalorização do real frente ao dólar esteja resolvido", apostou.
O presidente destacou que hoje a empresa tem 600 postos de distribuição nos Estados Unidos. Entretanto, segundo ele, o número está aquém do esperado em função de serem lojas de produtos naturais e estrangeiros. "Queremos que o pão de queijo se torne um artigo de consumo norte-americano", explicou.
A empresa encerrou 2009 com 20 filiais, sendo três em Minas Gerais, nos municípios de João Monlevade (Vale do Aço), Uberlândia (Triângulo Mineiro) e Poços de Caldas (Sul). Atualmente, a Forno de Minas gera cerca de 500 empregos diretos e 150 indiretos.
Veículo: Diário do Comércio - MG