Nestlé vai produzir bebidas lácteas na Região Serrana do Rio

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A Nestlé anuncia amanhã a construção de uma nova fábrica em Três Rios, Região Serrana do Rio de Janeiro. A empresa deve investir, apurou o Valor, cerca de R$ 200 milhões na unidade que vai produzir bebidas lácteas para serem distribuídas no mercado do Rio de Janeiro e no Sul de Minas Gerais.

 

A Nestlé, procurada pela reportagem, preferiu não se pronunciar. A nova fábrica ficará no meio do caminho entre a capital do Rio e a cidade de Juiz de Fora, o que facilita a distribuição dos produtos. Também está entre as maiores regiões de produção de leite do Estado, o noroeste, onde estão Itaperuna, Santo Antonio de Pádua e Itaocara, por exemplo, e o Sul Fluminense, com cidades como Barra Mansa, Vassouras e Barra do Piraí.

 

Será a segunda unidade da empresa no Rio. Hoje, a companhia produz toda sua linha de sorvetes, inclusive da marca Garoto, na fábrica de Jacarepaguá, zona oeste da capital. Em 2007, a Nestlé fechou a sua unidade de laticínios no município de Barra Mansa. Já tinha 70 anos de operação. Foi adquirida pela Laticínios Bom Gosto em 2009 por R$ 9 milhões. O grupo gaúcho investiu mais R$ 25 milhões em sua modernização.

 

Atualmente, o Estado do Rio consome 3,5 bilhões de litros de leite por ano, mas produz apenas 600 milhões. A meta do governo do Estado é chegar a 900 milhões até 2015. Por isso, o Estado criou o programa Rio Leite.

 

Desde 2009, um decreto do governador Sérgio Cabral zerou o ICMS para indústrias ou cooperativas que se instalarem no Rio. Com isso, os créditos do imposto pela comercialização de produtos lácteos produzidos em municípios fluminenses subiram de 7% para 19%, mais vantajosos que os 12% dados por outros Estados.

 

Também foi criada um programa de financiamento com recursos do tesouro estadual e intermediação do Banco do Brasil, que dá crédito para a implantação da propriedade leiteira com juros de 2% ao ano e prazo para pagamento de cinco anos. Com isso, a produção no primeiro ano cresceu 5,2%.

 

O mesmo tipo de crédito é concedido a quem comprar matrizes leiteiras a fim de melhorar a qualidade do rebanho. Em 2010, foram financiadas 4.500 aquisições e, em 2011, a meta é chegar a 10 mil novas matrizes. Hoje o rebanho fluminense é de 2,1 milhões de animais, dos quais 300 mil são vacas de ordenha.

 

Além da Nestlé, o programa Rio Leite financiou a expansão da fábrica da Parmalat em Itaperuna, num investimento total de R$ 70 milhões, e também a ampliação da fábrica da Bom Gosto.

 

Veículo: Valor Econômico


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