Pesquisa mensal divulgada pela Associação Mineira de Supermercados (Amis), referente a fevereiro, mostrou que a comercialização do setor supermercadista recuou em 3,31% em relação a janeiro. A comparação com igual período do exercício passado também apontou queda, nesse caso, de 1,69%. Já no acumulado do primeiro bimestre deste ano, a retração foi de 0,25%.
De acordo com o superintendente da entidade, Adilson Rodrigues, a queda verificada no mês passado pode ser considerada como uma "retração técnica", que não comprometerá as previsões de crescimento para o setor no Estado neste ano. Ele explicou que o mês de fevereiro é tradicionalmente mais fraco para a atividade supermercadista, pelo fato de contar com três dias a menos que o mês imediatamente anterior.
"O período é marcado por essa sazonalidade que não favorece o setor. Além disso, fevereiro normalmente é o período em que as famílias estão com os orçamentos mais apertados, já que além do retorno das férias, a época marca a volta às aulas e as despesas tradicionais de início de ano", lembrou.
Conforme Rodrigues, a tendência é que os resultados de março revertam essa trajetória de queda, uma vez que contará com um número maior de dias em relação a fevereiro, e ainda, terá a contribuição das vendas relacionadas à Páscoa - considerada a segunda melhor data do ano para os supermercados.
Segundo ele, este ano, a data deverá representar um acréscimo de 8% na comparação com igual época do ano passado nas vendas de ovos de Páscoa e de chocolates em geral. "No que se refere a outros produtos típicos da época como azeite, bacalhau e outros peixes, a aposta é num crescimento de pelo menos 5% em relação ao desempenho de 2010", disse.
Rio Doce - Na análise regional, o destaque negativo ficou com o Vale do Rio Doce, onde foi registrada a retração de 5,4% na comercialização dos empreendimentos supermercadistas da região em fevereiro frente a janeiro deste ano.
Todas as demais regiões pesquisadas também registraram queda nos níveis de vendas, na mesma base de comparação. No Sul, o recuo foi de 4,37%; na Central, de 4,25%; no Triângulo Mineiro, de 3,09%; no Norte, de 2,88%; no Centro-Oeste, de 2,72%; e na Zona da Mata, de 1,06%.
Ainda na avaliação do superintendente, o ritmo de crescimento da comercialização neste ano deve garantir um aumento da ordem de 5% no faturamento do setor em 2011, na comparação com o desempenho obtido em 2010, quando os supermercados mineiros faturaram R$ 13,4 bilhões.
"A expectativa é muito boa, tendo em vista um cenário de pleno emprego e preços competitivos", justificou.
Além disso, pelo menos R$ 220 milhões devem ser investidos na reforma de lojas e na construção de 42 unidades em Minas Gerais. Essa movimentação deve gerar 8 mil postos de trabalho, o que fará com que o setor encerre este exercício com 140 mil empregados diretos.
Segundo Rodrigues, ainda não foram fechados os dados referentes à receita dos supermercados mineiros no acumulado do primeiro bimestre. No entanto, ele estima que o número fique em torno de R$ 2,5 bilhões.
Veículo: Diário do Comércio - MG