Colheita farta e preços baixos

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Hortaliças e frutas ficam mais baratas por causa da alta na oferta. Maior queda foi a da cenoura, de 44,3%

Hortaliças e frutas importantes na mesa do brasileiro baratearam no atacado este mês, sinal de que o consumidor poderá encontrar preços mais baixos na hora de fazer a feira. A colheita foi favorecida pelas chuvas das últimas semanas e o período de safra, que resultou em alta da oferta. O quilo da cenoura vermelha foi responsável pela principal redução de preços, de 44,3%, em média, do dia 1º até ontem, nas negociações entre produtores e o comércio na Ceasa Minas, entreposto da Grande Belo Horizonte. Para um grupo de 45 hortigranjeiros cotados pela seção de informações de mercado da instituição, houve queda média de 1,1%, na comparação com os primeiros 20 dias de setembro.

 

Segundo o coordenador do levantamento de preços da Ceasa, Ricardo Fernandes Martins, apesar da variação de preços menos intensa, uma vez que setembro havia encerrado com preços 5,9%, em média, menores em relação a agosto, o momento é favorável para o consumidor, que enfrentou fortes altas no início do ano. “A hora é de aproveitar a situação atual, que vai se estender até novembro, com a tendência de uma colheita mais farta, qualidade melhor da produção e preços baixos”, afirma.

 

Entre os produtos que mais baratearam no atacado da Ceasa Minas, além da cenoura, está o tomate Santa Cruz, que mostrou queda de preços de 7,1% este mês, até ontem, comercializado a R$ 0,56 por quilo. O quilo da cebola amarela saiu de R$ 1,07 para R$ 0,90, perfazendo redução de 15,9%. Os preços do pepino e do chuchu também baratearam, respectivamente, 29% e 18,9%.

 

Na direção inversa, pelo menos quatro frutas ficaram mais caras, alta liderada pelo limão Tahiti, que encareceu de R$ 1,65 para R$ 2,57 o quilo, representando aumento de 55,8%. O preço do abacate subiu, em média, 19,1%, ao saltar de R$ 0,94 a R$ 1,12 por quilo. Já a tangerina Ponkan era vendida ontem a R$ 0,72 por quilo, cotação 16,1% superior à média de R$ 0,62 dos primeiros 20 dias de setembro.

 

Os repasses ao varejo dos reajustes aplicados no atacado não têm sido fáceis. No Mercado Central de Belo Horizonte, o comerciante Antônio Julião, dono da Barraca do Patureba, informou que frutas como maracujá azedo, melão, maçã, pêra e até mesmo limão, que costuma encarecer nesta época do ano, podem ser encontrados mais baratos desde a semana passada. “O consumidor simplesmente pára de comprar, recusando aumentos de preços sem justificativa”, afirma. O quilo do melão Rei era econtrado, ontem, por R$ 5,48, frente aos R$ 5,99 praticados anteriormente, e os preços do maracujá recuaram de R$ 6,90 para R$ 5,49 por quilo. Maçã e pêra importadas da Argentina mantinham, ontem, o preço de R$ 5,49 por quilo, apesar da alta do dólar frente ao real.

 


Veículo: O Estado de Minas - MG


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