Wurth chega ao País com meta de abrir 300 lojas até 2012

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Nasce a primeira loja multinacional alemã Wurth no Brasil, que está localizada no Butantã, em São Paulo. A marca, que possui um faturamento anual de 10 bilhões de euros, quer chegar até 2012 com 500 pontos de venda na América Latina. Destes, 300 estarão presentes em terras brasileiras. O investimento para o projeto é de R$ 250 milhões.

 

Após o anúncio fica claro que o Brasil é o carro-chefe dessa experiência. Prova disso é que o CEO Reinhold Würth veio ao País recentemente para anunciar investimentos de R$ 300 milhões tanto no segmento de comércio como no de indústria, equivalente a dois terços dos R$ 450 milhões que a subsidiária brasileira faturou em 2010. Segundo o presidente da companhia, César Ferreira, o intuito dos investimentos é atender a pronta entrega os pedidos do cliente. "Hoje temos apenas três centros de distribuição, o que atrasa um pouco nossa entrega. Com a vinda das lojas isso não vai mais ocorrer", explica o porta-voz, em entrevista exclusiva ao DCI.

 

Em julho deste ano a rede entra na Argentina. "Esta será nossa segunda experiência na América Latina; ainda não temos um plano consolidado no local, pois não conhecemos bem os hábitos de consumo dos argentinos", diz.

 

Com intuito de atender empresas de médio e pequeno porte, além de profissionais liberais, como mecânicos, serralheiros e marceneiros, a rede alemã aguarda um tíquete médio de R$ 1 mil, com o qual espera obter um faturamento de R$ 1,5 milhão por loja. " Até o final deste ano queremos ter mais quatro pontos de venda abertos", explicou.

 

As lojas, com as cores branco, cinza e vermelho, terão à venda aproximadamente 2,5 mil itens da linha de produtos da companhia, que hoje é subdividida nos departamentos automotivo (carro de passeio e moto), cargo (caminhões, ônibus e máquinas agrícolas), construção civil, madeira (vidraçaria e marmoraria) e metal (indústria e serviços).

 

Outra importante característica dos espaços, que variam entre 200 metros quadrados a 500 metros quadrados, são as salas para teste de produtos - no local, o cliente poderá avaliar na prática itens da empresa alemã, como produtos químicos, ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas. "Vamos dispor um ambiente muito próximo da realidade do profissional para que ele possa conhecer o real resultado das aplicações e do funcionamento dos nossos produtos", diz Evandro Cordova, gerente de Novos Negócios da Wurth do Brasil. O executivo também ressalta que, mesmo adotando o sistema global, as lojas sofrerão certa tropicalização - modelo de ponta de venda com prateleiras mais baixas no qual a formatação permite que o cliente, se quiser, encontre o que procura sem auxílio de um vendedor.

 

"Além da fidelização da marca Wurth à atual clientela, queremos atrair para nossas lojas o consumidor comum", explica o gerente da marca, em entrevista.

 

O presidente, porém, afirma que isso não deve alterar o formato que a companhia já usa nas mais de 1 mil lojas que possui espalhadas pela Europa. " Queremos apenas que os formatos se encaixem. Sabemos muito bem que a forma como o brasileiro compra é totalmente diferente da dos europeus, por isso estamos abertos a sugestões - e para aprender também", enfatizou.

 

Vendas diretas

 

A marca entrou no segmento varejista no Brasil por meio de vendas diretas e hoje, com este canal, já atende 180 mil clientes conta com 1,6 mil colaboradores, sendo que 1,3 mil atuam na área de vendas. "Iremos continuar batendo de porta em porta para vender nossos produtos, porém agora também queremos ter outro atrativo de venda. É muito importante para o nosso consumidor pegar o produto e constatar por si se aquilo realmente atende a sua necessidade", explicou César Ferreira.

 

Atualmente as vendas da empresa estão totalmente concentradas no sistema porta a porta por meio 1,5 mil vendedores, mas as novas lojas irão agilizar o atendimento ao cliente, pois eles terão acesso direto aos produtos, ou seja, em casos emergenciais terão itens para pronta entrega.

 

O modelo de varejo que será implantado no Brasil segue padrão mundial já utilizado pela Wurth em mais de mil lojas localizadas em 45 países.

 

Hoje, a sede administrativa da empresa está localizada em Cotia, município da Grande São Paulo. O grupo ainda possui duas filiais nos Estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba.

 

Wurth no mundo

 

Presente no País desde 1972, a Wurth do Brasil pertence ao Grupo alemão Adolf Würth GmbH & Co. KG. As atividades abrangem o comércio de peças de fixação (parafusos e arruela), produtos químicos, ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas e equipamentos de proteção individual.

 

A Wurth do Brasil atua basicamente com a venda de produtos de seu portfólio mundial, composto de 12 mil itens, sendo 600 da área química, como adesivos, silicone e lubrificantes.

 

Veículo: DCI


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