Vicunha Têxtil admite prejuízo com suas posições vendidas em dólar

Leia em 1min 40s

A Vicunha Têxtil admitiu ao Valor ter registrado prejuízo de R$ 30 milhões em 30 de setembro último com transações de derivativos - posições vendidas em dólar - que já foi provisionado, segundo fonte da empresa. O mercado diz que os prejuízos são maiores, no entanto. 

 

Neste momento, segundo fonte da empresa, a Vicunha Têxtil está negociando com os bancos sua posição em derivativos. Segundo o Valor apurou, têm esse tipo de contrato com a empresa bancos como o Citi e, principalmente, a Merrill Lynch. 

 

Na sexta-feira última, a Vicunha Têxtil informou ao mercado que seu conselho de administração havia ratificado o acordo fechado por sua diretoria com a Merrill Lynch para zerar suas operações com derivativos, optando por antecipar a liquidação dos contratos. 

 

No comunicado, a fabricante têxtil enfatizava que a diretoria estava proibida de fechar novas operações com derivativos no mercado financeiro com a Merrill Lynch ou qualquer outro banco, por causa de mudanças no controle acionário da Merrill Lynch (que foi vendida para o Bank of America) e incertezas crescentes no mercado internacional financeiro decorrentes da falência do Lehman Brothers no dia 15 de setembro. 

 

Segundo o comunicado da empresa, o conselho de administração referendou o acordo feito pela diretoria com o Banco Merrill Lynch de Investimentos, conforme carta enviada pela Merrill Lynch no dia 12 de setembro de 2008, "para declarar o vencimento antecipado de operações de derivativos objeto de Confirmação de 24.07.2008, com os ajustes zerados". Mas a empresa ainda tem posições em aberto, que estão sendo negociadas agora. 

 

No dia 12 de setembro, a Vicunha Têxtil havia trocado sua diretora com relações com investidores, Ana Elwing. No seu lugar, foi nomeado Reinaldo José Kroger. Procurada, Ana Elwing afirmou que não podia comentar nada a respeito sobre as perdas da Vicunha com derivativos. 

 

Também já admitiram perdas com posições vendidas em dólar em meio à maxidesvalorização do real a Aracruz, a Sadia, a Votorantim e a Embraer. 

 

Veículo: Valor Econômico


Veja também

Anfavea pede para adiar início da instalação dos rastreadores

Assim como a adoção do diesel mais limpo, a instalação de rastreadores nos carros produzidos...

Veja mais
Laticínios e pecuaristas em pé de guerra no RS

A queda dos preços do leite nos últimos meses acirrou os ânimos entre produtores e indústria ...

Veja mais
Aymoré ampliará mix de produtos em MG

A indústria de biscoitos Aymoré, pertencente ao grupo Arcor, com sede em Contagem, na Região Metrop...

Veja mais
Gaúchos ameaçam parar entrega de leite no Estado

Cerca de 15 milhões de litros de leite deixarão de ser entregues pelos produtores gaúchos às...

Veja mais
Tempos modernos: compras de supermercado são cada vez mais rápidas

A rotina das pessoas faz com que cada vez mais se tenha pressa e se faça tudo correndo. Até mesmo as compr...

Veja mais
Crise afetará resultado dos supermercados no Estado MG

O setor supermercadista mineiro prevê retração no segmento em 2009. Os investimentos na área ...

Veja mais
Oportunidade de negócios

Produtores de morango de Bom Repouso (MG) aumentam o controle de qualidade e diminuem o uso de agrotóxico para co...

Veja mais
Onda de invasão de produtos da China pode voltar

A concorrência no mercado internacional deverá tornar-se ainda mais acirrada com a provável redu&cce...

Veja mais
Preço do leite começa a cair em BH

O período de safra começa a derrubar o preço do leite. Segundo o diretor-executivo do site de pesqu...

Veja mais