Diniz comanda virada bilionária no varejo

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O empresário Abílio Diniz moveu a peça do xeque-mate no tabuleiro do varejo, e agora todos os olhos se voltam ao movimento do Casino na jogada que pode levar o Pão de Açúcar a catapultar sua posição na Europa. Com o lance pela fusão com o Carrefour, arquirrival do também francês Casino, que controla o capital votante do Pão de Açúcar no Brasil, Diniz reitera a seus interlocutores e arrisca todas as fichas para levar a bandeira criada por sua família, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), à internacionalização, ao contar com grande apoio do governo brasileiro: linha de até R$ 3,9 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES). Além disso, conta com um braço financeiro de fôlego, onde está seu ex-executivo-chefe Cláudio Galeazzi, sócio do banco BTG Pactual, que prevê R$ 690 milhões na fusão com o Carrefour, vice-líder do ramo no mundo, atrás só do norte-americano Walmart, mas com acionistas interessados da rápida superação dos problemas financeiros.

 

Caso se dê a fusão, o negócio poderá levar o empresário Abílio Diniz a se tornar o maior acionista individual (pessoa física) do segundo maior grupo varejista mundial. Diniz já havia surpreendido o mercado tempos atrás com Casas Bahia e Ponto Frio, e obrigou os concorrentes do setor de móveis e eletrodomésticos a se reposicionar rapidamente, cabendo o último lance a Luiza Trajano, do Magazine Luiza, ao levar o Baú.

 

No negócio com o Carrefour , a ideia é que seja criada empresa chamada Novo Pão de Açúcar (NPA). A fusão será submetida à aprovação dos demais acionistas no Brasil e na França, mas já alarma a concorrência, que deve começar a se unir para fazer frente ao conglomerado. Para Eduardo Coutinho, professor de Finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), "é preciso ficar atento ao negócio". Fora isso, a superposição entre pontos comerciais de GPA e Carrefour pode ser um entrave. "Várias lojas vão dar problemas no Brasil", crê o diretor-geral da Demarest e Almeida Advogados, Mário Nogueira. Já Waldir Benffeti, professor de Macroeconomia da Universidade Metodista de São Paulo, é categórico: "O mercado brasileiro aposta nesta fusão".

 


Veículo: DCI


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