O setor de panificação, cujo faturamento em 2010 aproximou-se da casa dos R$ 50 bilhões, encontra no Brasil um campo fértil para a criação de novos negócios. A explicação vem da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto a entidade recomenda o consumo de 60 kg de pão por ano, o brasileiro, consome, em na média anual, 33 kg de pão, índice inferior a países como como o Chile, evidenciando o potencial de expansão da atividade. segmento.
Responsável pelo atendimento diário de cerca de 44 milhões pessoas no Brasil, o setor prepara-se para receber mais uma edição da Fipan, a 5ª maior feira de negócios de panificação do mundo e a maior da América Latina, promovida pelo Sindicato e Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria em São Paulo (Sindipan/Aipan). O evento, que acontece de 19 a 22 de julho, no Expo Center Norte, movimentou, no ano passado, R$ 650 milhões de novos negócios. Para este ano, são esperados 58 mil visitantes, 350 expositores e quatro mil empresas de todo o território nacional.
Ampliar os produtos de confeitarias, desenvolver novos formatos de pães e ampliar a área de food service, - em ascensão no Brasil - são alguns desafios citados pelos representantes da indústria de panificação, reunidos em evento em São Paulo.
O Sindicato da Panificação afirma que existem cerca de 63 mil estabelecimentos no País. Destes, 55% estão nas mãos de empresas familiares. O diretor do comercial da Fipan, João Ricardo Neves, salienta que até 2008, existiam 52 mil padarias em funcionamento no Brasil. "De lá pra 2010, foram criados cerca de 12 mil novos negócios, o que demonstra o crescimento expressivo do setor" , disse.
Pizzas
Com a demanda aquecida, esse ano, os representantes do setor de panificação pretendem incluir a pizza como atividade rentável, ao lado dos chocolates e sorvetes. Os panetones, que concentram 75% de fabricação própria, também são a bola da vez, com a possibilidade de se gerarem novos investimentos.
Conforme João Ricardo Neves, um dos obstáculos enfrentados pelo ramo diz respeito às falhas nos canais de distribuição. "Cerca de 14% dos donos de padarias ainda vão comprar seus produtos nos supermercadso. A indústria ainda atende mal esses empresários", diz.
Veículo: DCI