Philips vai centralizar produção de ferro no país

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A Philips do Brasil, subsidiária da holandesa Royal Philips Electronics, fabricante de produtos da marca Walita, deve dar início ainda neste ano à produção nacional do único modelo de ferro de passar da marca que ainda é importado. A nova linha será fabricada na planta de Varginha, no Sul de Minas Gerais.

 

A empresa confirmou a informação com exclusividade ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, através da assessoria de imprensa. No entanto, ainda não há definição sobre a geração de novos postos de trabalho nem o investimento que será necessário para iniciar a produção. Estas questões deverão ser definidas nos próximos meses.

 

A iniciativa deve acirrar a disputa pela comercialização de ferros de passar no mercado doméstico brasileiro. No mês passado, a sueca Electrolux inaugurou no Brasil a sua primeira linha de produção de ferros de passar do mundo. A fábrica fica em Curitiba (PR) e vai operar em três turnos. Até então, a Electrolux terceirizava a produção desta categoria de eletroportátil. A nova linha em Curitiba tem capacidade para produzir até 1,2 milhão de peças por ano. O aporte foi de US$ 8 milhões.

 

Atualmente, a norte-americana Black & Decker lidera o ranking de vendas de ferros de passar no Brasil, seguida pela Arno (segunda) e pela Walita, que ocupa a terceira colocação.

 

O interesse de grandes multinacionais em reforçar a produção nacional vai além de priorizar a logística de escoamento de mercadorias no mercado brasileiro. Em meados de 2007, entrou em vigor uma lei antidumping que sobretaxa em US$ 4,82 cada ferro de passar importado do mercado asiático. A princípio, houve resultado. Em 2009, o volume importado caiu 43% em relação a 2008. No entanto, em 2010 as importações mais que triplicaram, sinalizando que a demanda pelo produto é maior que a oferta.

 

A Philips é uma das mais importantes empresas do polo eletroeletrônico de Varginha. Só no Sul de Minas a empresa produz 5 milhões de unidades/ano de eletrodomésticos. No seu entorno, existem quatro importantes fornecedores que compõem um condomínio empresarial. Na esteira da Philips estão a Embrasmec e a SRW (ambas fabricantes de peças plásticas), Nova Página (embalagens) e a Tormep (peças metálicas).

 

LED - Conforme o DIÁRIO DO COMÉRCIO já noticiou, a Philips confirmou que pretende investir R$ 10 milhões, entre ativos fixos e capital de giro, para viabilizar uma planta destinada à fabricação de lâmpadas LED (Light Emitting Diode, ou diodos emissores de luz) em Varginha. O prefeito do município, Eduardo Carvalho Corujinha, revelou que a multinacional já fechou as negociações. Segundo ele, a unidade já instalada na cidade passará por um processo de ampliação e adaptação para iniciar a produção a partir de 2012.

 

Vale ressaltar que a fábrica de Varginha não produzirá todos os componentes. Isso porque o diferencial das lâmpadas LED em relação às demais é a presença de um semicondutor, de custo muito mais alto. Os semicondutores serão importados da China.

 

A fábrica de Varginha será a oitava da Philips no mundo destinada a produzir dispositivos LED. A companhia já possui unidades na Índia, Hungria e seis plantas na China. No Brasil, são 11 unidades, sendo duas delas em Minas Gerais. Além da fábrica de reatores eletroportáteis em Varginha, que gera 1.158 empregos e que abrigará também a produção de lâmpadas LED, a companhia possui uma unidade em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde são produzidos equipamentos de diagnósticos.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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