Nem mesmo o bom momento da economia brasileira tem aquecido os negócios da Colchões Pianetti, que reforma e fabrica colchões sob encomenda, instalada no bairro São Francisco, na região da Pampulha. Desde 2009, a empresa mantém o faturamento estável, R$ 350 mil por ano. Mesmo assim, os investimentos continuam. Em 2010, foi aportado R$ 25 mil em maquinário para a fabricação e reforma dos colchões.
As informações são do diretor da empresa, José Guilherme Pianetti Júnior. Ele informa que a expectativa para esse ano também é de manter os números e não consegue explicar o que está acontecendo. "Estava esperando uma melhora, o momento da economia é bom, com mais dinheiro circulando pelo país, mas não aconteceu. Neste ano devemos manter o faturamento estável, talvez em 2012 venha o tão esperado crescimento".
A Colchões Pianetti foi fundada há 48 anos pelo pai do atual diretor, José Guilherme Pianetti. Na época ele mantinha um bar no bairro Lagoinha, na região Noroeste de Belo Horizonte, e ao lado havia uma loja que pertencia a sua família e era alugada a um homem que atuava com colchoaria. "Meu pai assumiu a loja, fechou o bar e começou no ramo", observa Pianetti Júnior.
Hoje, a empresa está instalada em um terreno de 700 metros quadrados no bairro São Francisco, onde realiza serviço de reforma e fabrica colchões. Por trabalhar com produtos sob encomenda não possui uma produção fixa. "Varia muito de acordo com a demanda", diz. Pianetti Júnior explica ainda que o tempo de cada serviço varia muito e uma reforma pode demorar mais que uma fabricação. "Um colchão de espuma pode ser fabricado em uma hora, enquanto a reforma de colchão de molas leva até três horas".
Os preços também variam de acordo com o tamanho e o material utilizado no colchão. Um colchão de espuma densidade 33, com 18 centímetros de altura e 90x190 centímetros, por exemplo, custa R$ 280. Já a reforma de um colchão de mola varia o preço entre R$ 100 e R$ 260, dependendo do serviço demandado. O valor mais baixo é apenas para a troca do tecido, já o mais alto é para uma reforma geral que inclui troca das molas, além do tecido.
Pianetti Júnior informa que os principais clientes da empresa são os consumidores finais, principalmente as donas de casa. Ele garante que mantém uma carteira de clientes fiéis que acompanham os trabalhos da Colchões Pianetti há muitos anos e acabam sendo os maiores divulgadores da empresa. "Muitas pessoas nos procuram por indicação de clientes antigos".
Para prestar um serviço de maior qualidade a esses clientes a empresa aportou R$ 25 mil em compra de maquinário no ano passado. Nenhum outro investimento está previsto. Em média, a Colchões Pianetti fatura R$ 350 mil por ano.
As principais matérias-primas da empresa, espuma e tecido, têm sofrido variação no preço e, segundo Pianetti Júnior, subiram cerca de 10% nos últimos três anos. Mas, para ele, o maior gargalo enfrentado ainda é a falta de mão de obra especializada, e não o preço dos insumos. A Colchões Pianetti gera cinco postos de trabalho. A empresa também está enquadrada no Simples Nacional, o que diminui a carga tributária.
Veículo: Diário do Comércio - MG