A rede de lojas Colombo, com sede em Farroupilha, na serra gaúcha, e 371 lojas nas regiões Sul e Sudeste, iniciou ontem, por Caxias do Sul, uma nova experiência: a Colombo Tech, dedicada exclusivamente a comercialização de itens de alta tecnologia. A outra novidade é a escolha do ponto: em áreas de conveniência de campus universitários e shoppings centers. A loja inaugurada ontem fica no campus da Universidade de Caxias do Sul (UCS), com mais de 30 mil estudantes matriculados.
"Nesta loja as pessoas vão poder conectar-se, experimentar o que pretendem comprar", comenta o presidente da rede gaúcha, Adelino Raimundo Colombo, acrescentando que o investimento na montagem da estrutura (sem contar o estoque) foi de R$ 250 mil. O empresário prevê o retorno para um prazo de dois a três anos. "Sei quanto a loja deve faturar, mas não posso revelar", esquiva-se. O teste da primeira unidade terá acompanhamento de 90 dias.
A abertura de outros pontos dependerá, de acordo com ele, de oportunidades do surgimento de locais apropriados no mercado. "Por isso, fica difícil dizer com precisão quantas iremos abrir no próximo ano", conta o empresário. Ele descarta qualquer tipo de embate da Colombo Tech com os atuais pontos da rede situados em shopping centers. "Fica tudo em casa", sintetiza Colombo.
O empresário anunciou para a próxima segunda-feira o início da operação das 31 lojas da rede Bernasconi já sob a administração da Colombo. A aquisição aconteceu no final de setembro. O valor não foi divulgado. A rede paulista com matriz na cidade de São Carlos conservará a bandeira atual. "Afinal, eles possuem mais de 40 anos de experiência no mercado. Não dá para fazer nada correndo", diz o empresário.
A turbulência financeira internacional não muda em nada as suas convicções em relação ao Natal deste ano. "Vamos crescer entre 12% e 15% sobre o ano passado" comentou. O faturamento previsto para este ano é de R$ 1,3 bilhão. Em 2007 registrou R$ 1,2 bilhão e o estimado para 2009 é de R$ 1,5 bilhão. Os produtos para o Natal, diz ele, estão "em casa", referindo-se aos eletrônicos, cuja cota de componentes importados é representativa. "Eles (fornecedores) não estão liberando nenhuma venda nesta semana. Eu já fiz as compras, sem reajuste", disse. "Na terça-feira, fiquei animado com o recuo do dólar". Quando chegar a R$ 1,90 o problema estará resolvido", salientou.
Veículo: Gazeta Mercantil