Faber-Castell traça expansão de R$ 100 mi no país

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Investimento previsto até 2014 pela centenária fabricante de material escolar visa multiplicar pontos de venda

 

Tradicional fabricante de material escolar e de produtos para escritório, a alemã Faber-Castell completa 250 anos de atividade tendo o Brasil como pilar de sua estratégia de expansão nos próximos anos. Até 2014, a operação brasileira receberá investimentos de R$ 100 milhões.

 

Além da venda de produtos no varejo, a companhia pretende reforçar sua atuação por meio das denominadas “shopin- shop”, que são quiosques exclusivos com produtos da marca instaladas dentro das lojas. A intenção da empresa é abrir 50 pontos de venda nos próximos meses para fechar 2011 com um total de 200 unidades.

 

Fora dos estabelecimentos varejistas, a Faber-Castell mantém outros quatro quiosques com produtos próprios da marca, todos na capital paulista. Entretanto, a empresa não tem planos para expandir esse tipo de unidade.

 

“Para os próximos anos, um dos desafios é aumentar a distribuição de nossos produtos para novos canais de contato com o consumidor. A ideia é não estar apenas no varejo e sim aumentar as vendas através do reforço de nossa marca no mercado”, afirma o conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, presidente mundial emembro da oitava geração da família que fundou a companhia, em 1761.

 

Dentro da estratégia de expansão, a empresa pretende também disponibilizar seus produtos voltados para a diversão das crianças—como kits de pintura — em lojas de brinquedos, como é o caso da linha Kits Criativos. “São itens importantes para desenvolver as habilidades das crianças através das mãos”, diz o presidente mundial da Faber Castell.

 

Importância global

 

O montante destinado para o Brasil nos próximos três anos corresponderá a até 60% de todo o investimento global da companhia no período. Para se ter uma ideia da importância do país dentro da empresa, a operação brasileira faturou R$ 407 milhões no último ano, sendo a principal unidade da companhia correspondendo a 40% da receita global da Faber-Castell.

 

A expectativa de crescimento para este ano no país é de 7%, mesmo índice obtido 2010 que, segundo a própria empresa, “foi o melhor ano das últimas três décadas”.

 

Com três fábricas no país situadas em Manaus (AM), Prata (MG) e São Carlos (SP), a companhia iniciou no ano passado um plano de modernização de suas unidades para incorporar a produção de novas linhas de produtos e melhorar a escala para brigar com os importados vindos, especialmente, da China. “Temos que nos preparar pois o real vai continuar forte nos próximos anos e isso facilita a entrada de produtos no país”, diz Marcelo Tabacchi, presidente da subsidiária brasileira.

 

Com um produção de 1,8 bilhão de lápis por ano, as fábricas brasileiras atendem o mercado nacional e outros 70 países. Em sua estratégia global, a Faber- Castell tem planos de reforçar sua atuação na África com produtos do Brasil.

 

Empresa não descarta compra de minoritários

 

A possibilidade de a alemã Faber-Castell enfrentar uma briga judicial pode resultar na compra pela companhia dos 30,95% de participação das quatro famílias que são sócias da empresa no Brasil. Representados pela Maracaju Administradora de Bens, os minoritários insistem em ter um membro dentro do recém-criado Conselho Fiscal da companhia para acompanhar de perto o desempenho financeiro. Mas a Faber-Castell rejeita o pedido dos sócios e já cogita um acordo para solucionar o problema. “Não podemos descartar essa possibilidade. Mas é uma negociação que leva tempo pelo valor envolvido”, diz von Faber-Castell, presidente mundial da companhia. Entretanto, a Maracaju nega qualquer possibilidade de negociação, inclusive de compra. “Não admitimos essa falta de transparência e também descartamos qualquer possibilidade de acordo”, afirma o advogado Renato Ochman, sócio do escritório de advocacia que representa a Maracaju na briga judicial.

 

Veículo: Brasil Econômico


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